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Tether expande agressivamente com o aumento da inflação na Argentina

3 mins
Por Josh Adams
Traduzido Thiago Barboza

EM RESUMO

  • A Tether, fornecedora de stablecoin, está fazendo parceria com a KriptonMarket para promover a stablecoin na Argentina.
  • A Argentina enfrenta uma das taxas de inflação mais altas do mundo.
  • Não é de surpreender que os argentinos tenham se voltado para criptomoedas como o Bitcoin como uma proteção contra a hiperinflação.
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A Argentina está sofrendo uma das piores taxas de inflação do mundo, acima de 108%. O provedor de stablecoin Tether vê uma oportunidade de expandir sua oferta no país.

A ideia é disponibilizar a criptomoeda para pessoas que precisam desesperadamente de uma proteção em um mercado volátil. À medida que constrói uma presença na América do Sul, a empresa pode superar o ceticismo sobre seus relatórios financeiros e a incerteza ainda amplamente associada ao comércio de criptomoedas?

A Tether, fornecedora de stablecoin, acaba de anunciar uma nova parceria com a KriptonMarket, uma solução on/off ramp.

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O empreendimento visa promover a acessibilidade de stablecoin para usuários na Argentina, por meio do Mercado Central de Buenos Aires, um grande player no comércio latino-americano de frutas e vegetais.

O movimento ousado da Tether ocorre em meio a intensas críticas de reguladores e ex-funcionários do governo que questionam sua estabilidade e reservas declaradas.

As lutas de inflação da Argentina

O Mercado Central de Buenos Aires emprega mais de 2.000 pessoas e vende 106.000 toneladas de frutas e vegetais mensalmente de mais de 600 fazendas e comerciantes.

Mas a Argentina tem atualmente a quarta taxa de inflação mais alta do mundo, em 109%, de acordo com dados da Trading Economics.

Nessa escala, o país sul-americano fica atrás apenas de Síria, Líbano e Venezuela. A taxa de inflação da Argentina está acima de 20% desde meados da década passada. Também tem, de longe, a maior inflação do G20.

Para comparação, seu vizinho mais próximo no G20 é a Turquia (43,68%). Um país que repetidamente se recusou a aumentar as taxas de juros.

O Reino Unido, que tem visto um aperto notável nos padrões de vida e é uma das economias desenvolvidas com pior desempenho, tem uma taxa de inflação de apenas 10,1%.

Argentinos se voltam para as criptomoedas

Durante a crise de hiperinflação da Argentina, cada vez mais cidadãos se voltaram para criptomoedas como o Bitcoin como hedge.

As stablecoins como a Tether – que estão atrelados a outro ativo, mas geralmente uma moeda – visam combater a inflação preservando o poder de compra e se protegendo contra a depreciação da moeda.

Para alguns argentinos, o flagelo da inflação é severo demais para descartar os benefícios de uma moeda não fiduciária.

“A inflação é como ver o valor de tudo o que você ganha escapar por entre os dedos”, disse Carelin Garcia, gerente de projetos da agência Web3 EAK Digital.

“Somos um dos principais países do mundo em adoção de criptomoedas e, quando você olha para os números da inflação, não é difícil entender o porquê. Criptomoedas em geral, e stablecoins em particular, dão aos argentinos um lastro contra esses ventos contrários”, explicou Garcia.

“2022 registrou a maior taxa de inflação na Argentina desde 1991. É natural que, com o acesso cada vez maior à tecnologia e alternativas digitais, as pessoas estejam tentando encontrar uma maneira de manter o valor de seus ativos e economias”, acrescentou Garcia.

A Argentina ficou em 13º lugar no Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2022 da Chainalysis. Embora nem todos no país prestem atenção ao canto da sereia dos benefícios da tecnologia.

Em 4 de maio, o banco central da Argentina proibiu os provedores de pagamento de permitir transações cripto. A recente repressão às criptomoedas alimentou a ascensão do político pró-Bitcoin Javier Milei.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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