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Tether mira tecnologia e educação com nova estrutura

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Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O Tether vai além das ofertas principais com um plano multifacetado.
  • A empresa investirá em IA, mineração sustentável e inclusão financeira.
  • No entanto, preocupações regulatórias podem influenciar o futuro do Tether.
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A Tether, emissora da stablecoin USDT, anunciou na quinta-feira (18) que vai expandir suas operações. As mudanças incluem a adição de quatro novas divisões de negócios: Dados, Finanças, Energia e Educação.

Essa mudança indica a intenção da Tether de ampliar sua influência e diversificar além de suas operações principais de stablecoin.

O novo foco do Tether em tecnologia e educação

Com sua nova estrutura, a Tether está se posicionando na vanguarda da inovação tecnológica.

A divisão Tether Data se concentrará em investimentos estratégicos em campos emergentes, como inteligência artificial (IA) e plataformas peer-to-peer (P2P). Suas parcerias com empresas como a Holepunch e os investimentos no Northern Data Group destacam esse foco em inovação.

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Ao mesmo tempo, a Tether Finance continuará sendo o centro dos produtos e serviços financeiros de stablecoin existentes da Tether. A divisão tem como objetivo utilizar a tecnologia blockchain para tornar os sistemas financeiros globais mais inclusivos. Além disso, sua futura plataforma de tokenização de ativos digitais poderá desempenhar um papel na adoção mais ampla de ativos digitais.

Enquanto isso, a Tether Power marca a entrada da empresa na mineração de Bitcoin, enfatizando práticas ambientalmente sustentáveis. Essa divisão se alinha com a prioridade declarada da Tether de apoiar a rede Bitcoin de forma responsável.

Por fim, a Tether está mergulhando fundo em iniciativas educacionais por meio de sua divisão Tether Edu. A Tether Edu apoia o acesso global a habilidades digitais, com foco em tecnologias blockchain e P2P. Suas principais iniciativas incluem parcerias público-privadas e investimentos como a PlanB d\ Lugano e a Academia de Indústrias Digitais.

O CEO da Tether, Paolo Ardoino, enfatizou o ethos inovador da empresa:

Com essa evolução além de nossas ofertas tradicionais de stablecoin, estamos prontos para construir e apoiar a invenção e a implementação de tecnologia de ponta que remove as limitações do que é possível neste mundo”, disse.

Expansão enfrenta dificuldades regulatórias

Esse anúncio ocorre quando o ambiente regulatório para stablecoins está se tornando mais complexo.

Os senadores norte-americanos Cynthia Lummis e Kirsten Gillibrand, por exemplo, propuseram uma nova legislação para regulamentar as stablecoins. Este projeto de lei, que será discutido no Congresso em maio, busca aumentar a proteção ao consumidor e preservar a integridade do dólar americano nas finanças digitais.

“Ele protege os consumidores ao exigir reservas de um para um, proibindo stablecoins algorítmicas e exigindo que os emissores de stablecoins cumpram as regras de sanções e combate à lavagem de dinheiro dos EUA”, comentou a senadora Gillibrand.

Embora a stablecoin da Tether não seja algorítmica, há algumas alegações e preocupações de que o USDT esteja sendo usado para atividades ilícitas, como o financiamento do terrorismo. O USDT, por ser o maior peixe da lagoa, frequentemente convida ao escrutínio regulatório.

Domínio do mercado de stablecoins
Domínio do mercado de stablecoins. Fonte: DefiLlama

Há pouco tempo, o Tesouro dos EUA levantou preocupações sobre o suposto uso do USDT do Tether pela Rússia para contornar as sanções internacionais e apoiar suas operações militares.

O subsecretário Wally Adeyemo expressou essa preocupação em uma declaração ao Comitê do Senado para Assuntos Bancários, Habitacionais e Urbanos. Ele destaca ainda a necessidade de ferramentas adicionais para proteger a segurança nacional.

No entanto, as expansões do Tether para além das stablecoins podem abrir caminho para a promoção de um futuro mais inclusivo dos ativos digitais.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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