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Astroport (ASTRO) desaba 60% – Entenda o motivo

3 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

Resumo

  • O preço do Astroport (ASTRO) caiu 60% devido a um ataque a blockchain da Terra.
  • O invasor roubou quase US$ 5 milhões em vários tokens, interrompendo as transações da rede.
  • Hacker explorou uma vulnerabilidade conhecida no IBC-hooks, corrigida após o incidente.
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O preço do Astroport (ASTRO) despencou 60% nesta quarta-feira (31), após a blockchain Terra sofrer um ataque. O invasor roubou quase US$ 5 milhões em vários tokens, fazendo com que a rede interrompesse as transações de seus usuários.

Hackers responsáveis por ataques como este geralmente se aproveitam da vulnerabilidade do sistema. Eles se tornaram cada vez mais sofisticados, afetando investidores desavisados e causando danos financeiros significativos a diversos projetos cripto.

Astroport sofre com o ataque a Terra Blockchain

Durante a invasão, o hacker roubou 60 milhões de ASTRO, 3,5 milhões de USDC, 500.000 stablecoins USDT e 2,7 Bitcoin. Os ativos específicos provavelmente atraíram a atenção e se tornaram alvos por serem os únicos não nativos com liquidez significativa na Terra,

O invasor vendeu a maioria dos tokens e os converteu em Ethereum (ETH). Como o usuário ainda tem alguns remanescentes, os traders preveem uma queda adicional para a ASTRO.

Não acredito que as pessoas estejam negociando ativamente a ASTRO neste momento, enquanto o explorador ainda tem 19 milhões de tokens em sua carteira, avaliados em cerca de US$ 350 mil”, disse um usuário no X.

A queda do ASTRO ocorre no momento em que a Astroport fornece serviços de Automated Market Maker (AMM) para o ecossistema Terra. O Astroport é um mercado descentralizado, sem permissão e de código aberto governado por membros da comunidade e detentores de tokens ASTRO. O Astroport AMM permite que os traders usem a exchange descentralizada mais popular da Terra nas redes Terra 2.0 e Terra Classic.

“À medida que o ímpeto por trás da Terra 2.0 cresce, os membros da comunidade do Astroport têm se manifestado em voz alta. Eles veem a necessidade de um criador de mercado automatizado (AMM) que eles conhecem e confiam na Terra 2.0. A Astrochad concorda”, diz um parágrafo do blog, anunciando a colaboração em 2022.

Como ocorreu a recente exploração?

O invasor explorou uma vulnerabilidade de reentrada no retorno de chamada de tempo limite dos ganchos IBC associados a um módulo de terceiros. O auditor de contratos inteligentes Beosin indica que essa vulnerabilidade foi divulgada em abril. Embora corrigido, o bug foi inadvertidamente reintroduzido em uma atualização em junho.

Fonte: GitHub

Depois de reconhecer o ataque, a Terra interrompeu sua blockchain, permitindo um patch de emergência e a correção do exploit. De acordo com uma atualização oficial, o processo foi concluído e as operações voltaram ao normal.

“A cadeia da Terra retomou a produção de blocos aproximadamente às 4h19 UTC de hoje e a atualização emergencial da cadeia foi concluída. As transações estão sendo processadas e os usuários podem retomar as atividades normais”, diz a atualização.

Após o incidente, no entanto, a rede implementou novas mudanças. Entre elas, os validadores que detêm mais de 67% do poder de voto na Terra atualizaram seus nós para evitar que o exploit se repita. Mais validadores farão a atualização em breve.

No entanto, esse incidente mostra que os ataques continuam a se aproveitar das vulnerabilidades do sistema. Recentemente, a WazirX, uma importante exchange de criptomoedas indiana, sofreu uma perda de US$ 230 milhões devido a um ataque cibernético, afetando quase metade de suas reservas.

Leia mais: As 9 principais exchanges de criptomoedas mais seguras em 2024

Como os hackers continuam a atacar os projetos cripto, o incidente da Terra mostra que nem mesmo uma auditoria pode garantir a segurança de um projeto. É por isso que é especialmente importante considerar preventivamente as ações necessárias para controlar os danos caso um ataque já tenha ocorrido.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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