Os diretores gerais da Autoridade de Supervisão Financeira Sueca e da Agência Sueca de Proteção Ambiental pediram que a União Europeia proíba a mineração por prova de trabalho (PoW), uma vez que ela ameaça anular os esforços de transição feitos pela região para uma energia mais limpa.
A Universidade de Cambridge e o Digiconomist estimam que um carro elétrico seria capaz de viajar 1,8 milhões de milhas com a energia gasta para extrair um Bitcoin com prova de trabalho, e que 120 milhões de toneladas de dióxido de carbono são liberados na atmosfera todos os anos para extrair 900 bitcoins todos os dias.
Eles também estimam que o Bitcoin e o Ethereum consomem cerca de duas vezes mais eletricidade em um ano do que toda a Suécia. Deve-se notar que o Digiconomist é crítico em relação às ineficiências das criptomoedas. Um contraponto interessante às afirmações feitas pelo Digiconomist é a afirmação feita pela Ark Investment Management de que o Bitcoin usa menos de dez por cento da energia global usada pelo setor bancário tradicional.
Mineração de Bitcoin em desacordo com o impulso verde da região
Os mineradores migraram para as regiões nórdicas devido aos baixos preços da energia, baixa tributação e o acesso à energia renovável. Os comentários feitos pelos diretores-gerais parecem estar particularmente preocupados com o fato de a UE estabelecer a norma para o cumprimento dos termos do Acordo de Paris.
Preocupações com relação à utilidade social da mineração de Bitcoin foram feitas por ambientalistas que protestavam contra a instalação da Greenidge em Nova York, e agora são feitas novamente pelos diretores gerais, que sentem que a mineração ameaça a transição climática que precisa acontecer com urgência. Jeff Kirt, o CEO de operações, disse no primeiro semestre de 2021 que a pegada ambiental da planta nunca foi melhor, apesar da eletricidade consumida por 8.000 computadores na instalação.
Autoridades suecas pedem à UE que proíba PoW
As autoridades suecas apelam à UE para proibir a mineração de prova de trabalho, enquanto pedem à Suécia que ponha em prática medidas para parar a produção de mineração de criptografia e medidas para impedir as empresas que comercializam e investem em ativos criptográficos que se autodenominam sustentáveis.
Em um comentário feito ao Financial Times, o professor Brian Lucey, do Trinity College, Dublin, chamou o Bitcoin de “moeda suja”. Para combater isso, uma empresa chamada Argo Blockchain Solutions fez parceria com a DMG Blockchain para criar o primeiro pool de mineração de Bitcoin que funciona totalmente com energia hidrelétrica. A Wesco Operating Inc e a EZ Blockchain encontraram uma maneira de capturar energia de gás para alimentar operações de mineração.
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