Novo estudo da Bloomberg mostra que o bitcoin está conquistando as carteiras dos investidores, roubando um espaço que até então era dominado pelos metais preciosos.
Nesta quarta-feira (3) foi publicada a edição de março do relatório “Bloomberg Crypto Outlook” que analisa o desempenho do mercado cripto.
De acordo com o texto do estrategista sênior de commodities da Bloomberg Intelligence, Mike McGlone, o bitcoin está forte na “batalha” contra o ouro.
Ele aponta que os investimentos de grandes empresas como a Tesla no início do ano, deixando claro que o BTC está sendo visto como um reserva de valor digital à medida que deixa para trás a sua imagem de mero ativo especulativo.
Conforme McGlone, ao mesmo tempo que o bitcoin é um ativo complementar ao dólar americano, ele está “em processo de substituição do ativo de reserva da velha guarda — ouro”.
“O processo do bitcoin substituindo o ouro em carteiras está se acelerando. Em 2020, a criptomoeda de referência ganhou legitimidade com o declínio da sua volatilidade, ao contrário da maioria dos ativos. Em 2021, pouco pode impedir o processo de alocadores de ouro da velha guarda focando em diversificação mais prudente”.
Bitcoin vs Ouro
Para sustentar essa narrativa, o analista Mike McGlone estuda a entrada de investimento em cada classe de ativo. De acordo com ele, enquanto o influxo do bitcoin aumenta, o do ouro diminui.
O total de participações em fundos de negociação em bolsa (ETF) de ouro está caindo para o nível mais baixo visto desde julho de 2020. Ou seja, depois de ter alcançado um pico em novembro, o metal precioso dá sinais de fraqueza neste início de ano.
O bitcoin, por outro lado, já acumula uma valorização de cerca de 70% em 2021. Além disso, em fevereiro o valor de mercado do BTC atingiu US$ 1 trilhão pela primeira vez.
Na edição de dezembro deste mesmo relatório da Bloomberg, o analista McGlobe previa que o BTC alcançaria essa capitalização de mercado apenas em 2022.
100 mil dólares pode ser o próximo alvo do BTC
De acordo com o analista da Bloomberg, depois que o bitcoin ultrapassou os US$ 50 mil, a sua atual meta agora é US$ 100.000. A menos que as tendências macro e microeconômicas favoráveis sejam revertidas, “o bitcoin está no caminho para continuar valorizando”.
Na trajetória de descoberta de novos preços rumo à próxima máxima, a volatilidade do bitcoin está aumentando.
“No entanto, é quase certo que as medidas de risco da criptomoeda retomarão as tendências de baixa de longo prazo se as regras de maturação prevalecerem. Assim que o bitcoin se estabelecer com maior profundidade de mercado, potencialmente perto de US$ 100.000, a volatilidade deve cair.”
Apesar da previsão para o ano, o analista McGlobe não deixa de apontar que o bitcoin ainda pode estar em correção. No curto prazo, o BTC poderia ainda cair para uma mínima de até US$ 42.000. Isso aconteceria por uma uma reação ao enfraquecimento do mercado de ações.
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