A Strategy, antigo nome da MicroStrategy (MSTR), anunciou planos para emitir 2,5 milhões de ações preferenciais da Série A Perpétua Stride (STRD), com rendimento de 10%, para levantar capital destinado à ampliação de suas reservas em Bitcoin e ao reforço do capital de giro.
A empresa pretende arrecadar aproximadamente US$ 250 milhões com a oferta pública inicial (IPO), considerando uma preferência de liquidação inicial de US$ 100 por ação. Paralelamente, outras companhias também avançam em iniciativas de tesouraria com Bitcoin em diversas regiões.
Segundo o comunicado oficial, a oferta será destinada a investidores institucionais e não institucionais selecionados. Os participantes terão direito a dividendos não cumulativos, pagos trimestralmente, se declarados, com rendimento anual de 10%.
“A Strategy terá o direito, a seu critério, de resgatar todas, mas não menos que todas, as ações STRD, a qualquer momento, por dinheiro, se o número total de ações de todas as ações STRD então em circulação for inferior a 25% do número total de ações de STRD originalmente emitidas na oferta e em qualquer oferta futura, tomadas em conjunto”, informou a empresa.
A emissão ocorre logo após a aquisição de 705 BTC pela Strategy, por cerca de US$ 75,1 milhões. Conforme dados do SaylorTracker, a empresa detém 580.955 BTC, avaliados em mais de US$ 60 bilhões.
A iniciativa acontece em meio a uma crescente adoção corporativa de criptoativos. Em 2 de junho, a Reitar Logtech Holdings Limited (RITR), fornecedora de soluções logísticas com sede em Hong Kong, informou estar em negociações avançadas para criar uma tesouraria estratégica em Bitcoin. O plano prevê a compra de até 15 mil BTC, avaliados em aproximadamente US$ 1,5 bilhão.
“A administração acredita que essa diversificação de tesouraria pode proporcionar vários benefícios estratégicos, incluindo resiliência financeira aprimorada por meio da alocação para um ativo digital não correlacionado, maior flexibilidade financeira para futuras aquisições estratégicas em tecnologia logística e plataformas de automação, e posicionamento para expansão em mercados asiáticos de alto crescimento, onde a demanda por infraestrutura logística inteligente continua a aumentar”, afirmou a empresa.
Também na Europa, a Norwegian Block Exchange (NBX) tornou-se a primeira companhia listada na Noruega a adotar o Bitcoin como ativo de tesouraria. A empresa adquiriu 6 BTC e pretende ampliar sua posição para 10 BTC até o fim de junho.
Empresas apostam em Ethereum e Solana para diversificar suas reservas
Na Rússia, o Sberbank, maior instituição financeira do país, lançou títulos estruturados vinculados ao Bitcoin, disponíveis para um grupo restrito de investidores qualificados no mercado de balcão.
Além do BTC, outros ativos digitais vêm ganhando destaque. A BTCS, empresa do setor de blockchain, comprou mil ETH, elevando suas reservas para 13.500 ETH.
“O Ethereum permanece no centro da nossa estratégia de infraestrutura blockchain. Nossa posição crescente em ETH não é apenas uma jogada de tesouraria – é um subproduto estratégico das nossas atividades NodeOps e Builder+ de alto crescimento. Estamos focados em construir uma infraestrutura altamente escalável e geradora de receita”, explicou Charles Allen, CEO da empresa.
Enquanto isso, a edtech Classover concentra esforços na formação de uma reserva em Solana (SOL). Após a aquisição de 6.472 SOL por aproximadamente US$ 1,05 milhão, a companhia firmou um acordo para emitir até US$ 500 milhões em notas conversíveis garantidas, com financiamento inicial de US$ 11 milhões.
Além disso, a empresa usará até 80% dos recursos captados para comprar SOL, reforçando a estratégia corporativa de diversificação cripto.
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