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Square Enix usou arte gerada por inteligência artificial (IA) em novo game

2 mins
Atualizado por Thiago Barboza

A Square Enix confirmou que algumas artes de seu novo game, Foamstars, foram criadas por ferramentas de inteligência artificial (IA). Ainda assim, a empresa garante que a maior parte das imagens é de origem humana.

Com isso, a produtora de games se junta à eterna discussão sobre a substituição de material humano por computadores.

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Square Enix usou IA para arte

O produtor de Foamstars, Kosuke Okatani, confirou o uso de IA em uma entrevista à VGC. Ele disse que a equipe usou o Midjourney para criar capas de discos dentro do soundtrack do jogo.

Entretanto, ele insistiu que todas as outras artes foram, sim, criadas por humanos.

“Todos os elementos importantes de Foamstars – incluindo o gameplay e as coisas que tornam o jogo divertido – todas foram feitos à mão. Entretanto, nós decidimos experimentar também com arte de IA”i, disse.

A decisão vai ao encontro de uma decisão da Square Enix de aumentar o uso de IA no desenvolvimento e publicação de produtos. O presidente da empresa, Takashi Kiryu, revelou a direção da empresa em uma carta no início de 2024.

A desenvolvedora de games não é avessa ao uso de novas tecnologias em seus produtos. Em dezembro de 2024, por exemplo, ela fez um leilão de NFTs para seu game Symbiogenesis. A empresa também já flertou com a venda de coleções regulares de NFTs de sua série de RPGs Final Fantasy.

E daí?

O uso de IA pela Square Enix levanta mais uma vez a questão de ferramentas de inteligência artificial tomarem o espaço de pessoas na indústria.

A empresa, aliás, não é a primeira a se envolver em uma polêmica semelhante nas últimas semanas. A Wizards of The Coast, produtora do famoso TCG Magic The Gathering, publicou um material promocional do jogo em suas redes sociais.

Seguidores da conta do TCG no Twitter (X) perceberam em seguida que a arte fora gerada por ferramentas de IA. O problema é que a própria empresa banira o uso dessas ferramentas para a criação de artes para cartas novas pouco tempo antes.

Em resposta a isso, Dave Rapoza, um dos artistas da WoTC, anunciou que pediu demissão. Poucos dias depois, a empresa publicou um comunicado na qual admite que a arte fora, sim, gerada por IA e que estava explorando formas de usar essas ferramentas no marketing.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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