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Sheik dos Bitcoins é condenado a 56 anos de prisão

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Atualizado por Luís De Magalhães

EM RESUMO

  • O empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como "Sheik dos Bitcoins", foi condenado a 56 anos e 4 meses de prisão.
  • O esquema envolvia palestras e promessas de altos rendimentos, atraindo vítimas, incluindo celebridades como Sasha Meneghel.
  • Estima-se que o golpe tenha causado um prejuízo de cerca de R$ 4 bilhões no Brasil e R$ 30 milhões nos Estados Unidos.
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A Justiça Federal condenou o empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como “Sheik dos Bitcoins”. Ele deve cumprir 56 anos, 4 meses e 10 dias de prisão por envolvimento em fraudes com criptomoedas.

A decisão saiu na quarta-feira (9), na 23ª Vara Federal de Curitiba, onde ele residia.

Sheik dos Bitcoins condenado à prisão

A sentença condenou também outras cinco pessoas. Elas receberam penas que variam entre 11 e 48 anos de prisão. Elas são inferiores porque, conforme a Polícia Federal (PF), o Sheik dos Bitcoins era o comandante do esquema.

Francisley foi condenado por gerir uma instituição financeira de forma fraudulenta, apropriar-se de dinheiro ou desviá-lo em proveito próprio emitir ou negociar títulos ou valores mobiliários sem registro prévio e ocultação de bens.

Leia mais: O que é o Halving do Bitcoin? Tudo o que você precisa saber

A prisão dele ocorreu em 2022, mas o empresário passou a responder ao processo em liberdade a partir de junho de 2023. O problema é que, conforme a PF, ele retomou operações ilegais com envolvimento de ex-colaboradores.

Isso foi uma violação das medidas cautelares da Justiça, o que resultou em uma nova detenção. O juiz do caso, Nivaldo Brunoni, determinou que ele continue preso.

Como funcionava o esquema?

O esquema do Sheik dos Bitcoins envolvia o uso de palestras para atrair novas vítimas. Esses eventos contavam com testemunhos falsos de pessoas que diziam que ganharam dinheiro ao usar a empresa para investir em criptomoedas;

A promessa era de retornos de até 2,8% ao dia e valores dobrados em seis meses. Mas, como costuma ocorrer em esquemas de pirâmide, o dinheiro era desviado para as contas dos criminosos. Em seguida, ele era usado para bancar uma vida de luxo a eles.

Por fim, o esquema começou a implodir quando faltou dinheiro para pagar os supostos rendimentos.

Ainda conforme a PF, o esquema também atingiu pessoas famosas. Um exemplo é Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa. Ela teria perdido cerca de R$ 1,2 milhão. Jogadores de futebol cujos nomes não foram divulgados também estão na lista de vítimas.

As investigações contaram com a ajuda dos Estados Unidos e da Interpol. Naquele país, a polícia apurou um prejuízo de cerca de R$ 30 milhões apenas para as vítimas de lá.

No Brasil, as vítimas do Sheik dos Bitcoins continuaram cobrando as empresas para reaver seu dinheiro, mas sem sucesso. Por aqui, a estimativa é de aproximadamente R$ 4 bilhões em danos.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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