O Conselho Deliberativo do Santos Futebol Clube aprovou na noite de segunda-feira (2) o projeto de tokenização de ativos do clube oriundos do mecanismo de solidariedade da FIFA.
A iniciativa tinha sido proposta pelo presidente do clube, Andres Rueda, mas aguardava a aprovação do Conselho Deliberativo para ser iniciada. Segundo o Gazeta Esportiva, tudo indica que a empresa parceira para a criação dos tokens será a MB Digital Assets (MBDA). Em resposta ao BeInCrypto, o braço de tokenização do Mercado Bitcoin disse via assessoria de imprensa que não irá comentar o assunto.
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Se confirmada, esta não será a primeira parceria do MBDA envolvendo o futebol brasileiro. No final de 2020, a empresa desenvolveu o Vasco Token, ativo digital do clube carioca também atrelado a venda de jogadores, que já gerou rendimentos para os seus detentores. Segundo Rueda, o criptoativo do clube deverá ser lançado já em setembro deste ano.
Entenda como funcionará o token do Santos
Conforme destacado por Rueda, o ativo digital será uma “tokenização do mecanismo de solidariedade”, regra da FIFA que determina que até 5% das receitas da venda de um jogador sejam destinadas ao seu clube formador.
Dessa forma, o token representará uma cesta de 30 atletas, podendo ser composta por joias da base e por jogadores consagrados, como Neymar (PSG), Rodrygo (Real Madrid), Gabriel Barbosa (Flamengo) e Lucas Veríssimo (Benfica) – todos formados pelo Santos.
A cada venda destes atletas, parte do valor que o Santos adquirir será repassada para os detentores do token. No entanto, Rueda destaca que não é uma garantia de que vendas irão acontecer num futuro próximo. “Mecanismo é receita provável. Não é certeza de acontecer ou não. ”
Porém, ele afirmou que o Santos pretende levar a sério o projeto, se comprometendo a ficar com parte destes tokens sob sua posse. O presidente ainda deu mais detalhes de como será feita a distribuição do ativo pela empresa parceira:
“Como é feita a divisão do valor? 5% é taxa de administração da plataforma. A empresa gere o saldo, a distribuição virtual e o resgate. Essa empresa se compromete a comprar 30% dos tokens. Santos sempre vai ter 20% dos tokens na mão. Isso garante ao investidor que o Santos não vai largar a operação. 45% disponibilizado no mercado. Então será 45% pera o mercado, 30% comprado antecipadamente pela empresa, 20% na mão do Santos e 5% de administração”.
Rueda também afirmou que a quantidade total de tokens que serão ofertadas, seu valor unitário e todos os atletas que irão compor a cesta ainda não foram definidos. Ele também disse que todo o valor arrecadado com as vendas do token, que segundo ele podem chegar a R$ 20 milhões, serão destinados para pagar dívidas que o clube possui atualmente.
Criptomoedas no futebol brasileiro
Com a aprovação do projeto, o Santos se junta a uma lista cada vez maior de clubes de futebol brasileiros que estão buscando alternativas no mercado de criptomoedas. Além do Vasco, o Cruzeiro desenvolveu tokens atreladas ao mecanismo de solidariedade da FIFA, também utilizando os valores para aliviar sua crise financeira.
Já o Atlético Mineiro e o Corinthians firmaram recentemente parcerias com a Chiliz (CHZ) para a criação de fan tokens para os seus torcedores. Esses ativos, além de serem itens colecionáveis, oferecem aos seus detentores diversos conteúdos exclusivos e possibilidades de interação com os times, dando inclusive o direto a voto em algumas questões do dia a dia do clube.
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