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Recurso da OpenSea avalia o quão raro é um NFT

4 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • A classificação de NFTs ficou mais fácil com o mecanismo de "raridade" da OpenSea.
  • A ferramenta mede "a escassez relativa de atributos de um NFT em comparação com outro na mesma coleção".
  • Pesquisadores alertam que a raridade pode não ser a pílula mágica para os NFTs.
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Maior marketplace de tokens não fungíveis (NFT) da atualidade, a OpenSea lançou uma nova ferramenta que avalia o grau de raridade de cada obra neste formato.

Batizado de “OpenRarity”, o recurso é descrtio pelo marketplace como sua nova ideia de “raridade”, um método que padroniza imagens digitais únicas.

Especificidades de um NFT

“Usamos a classificação de ‘raridade’ para descrever a relativa escassez de atributos de um token não fungível em comparação com outro na mesma coleção”, elaborou a OpenSea, em uma postagem em seu blog.

“Um NFT com atributos raros terá uma classificação de raridade mais baixa (como 1 ou 2) do que um NFT que compartilha atributos com milhares de outros na coleção”, acrescentou.

A raridade está fortemente correlacionada com o valor. Essa é a razão pela qual a exclusividade é importante para os colecionadores de NFTs. Tem sido difícil apontar a exclusividade dos recursos de uma peça contra a outra na ausência de um mecanismo de classificação padronizado.

O resultado foi o caos, diz a OpenSea. “Quando os rankings de raridade variam entre plataformas e usam metodologias diferentes, isso pode causar confusão para compradores e vendedores e dificultar o uso de raridade para decisões de compra e venda”, afirmou a empresa.

O plano é construir “um padrão unificado, aberto, transparente e reproduzível para classificações de raridade em todo o setor NFT”.

Por que classificar um NFT?

OpenRarity é uma joint venture entre OpenSea, icy.tools, Curio e PROOF. Os usuários têm a opção de mostrar se suas coleções são raras ou não. Uma coleção que optar por participar terá que mostrar um número marcando sua classificação de raridade na página do item e na página da coleção.

A OpenSea disse que a classificação é crucial em mercados que são interoperáveis, onde diferentes NFTs podem ser negociados. “Se você passar o mouse sobre o número, verá a classificação percentual. As classificações de raridade do OpenRarity refletem diretamente os dados de atributos publicados pelo criador e podem mudar ao longo do tempo se o criador fizer alterações nos metadados do item”.

Pudgy Penguins, uma das primeiras coleções NFT no OpenRarity, recrutou 8.888 tokens não fungíveis de diferentes atributos. De acordo com uma descrição da coleção em Rarity Tools, Pudgys “incorporam amor, empatia e compaixão”. Eles “são um farol de boas vibrações e positividade para todos. Cada titular recebe acesso exclusivo a experiências, eventos, oportunidades de licenciamento de PI e muito mais”.

O preço mínimo do Pudgy Penguin foi em média de 3,8 ETH, ou cerca de US$ 4.900 atualmente. A coleção teve 66 ETH (~ US$ 86.000) em vendas nas últimas 24 horas, uma queda de 30% em relação ao dia anterior, segundo dados do NFT Floor Price.

Cool Cats, outra coleção, tem 9.999 tokens não fungíveis gerados aleatoriamente no OpenRarity. O conceito é que os detentores possam participar de eventos exclusivos, como reivindicações NFT, sorteios, brindes da comunidade e muito mais.

No fechamento da matéria, Cool Cats foi vendido por um preço médio de 2,95 ETH (~ $ 3.800) cada, subindo 7,2% nas 24 horas anteriores, com volume de 96,89 ETH (~ $ 126.000).

Raridade não é uma pílula mágica

No entanto, um estudo recente do Stevens Institute of Technology descobriu que a raridade pode não ser a pílula mágica para os NFTs. Existem vários deméritos potenciais, disse. Jordan Suchow, um cientista cognitivo que liderou o estudo. Ele alertou que o burburinho em torno de tokens não fungíveis raros precisa ser gerenciado, pois pode haver tédio por parte dos colecionadores.

“Como os registros de negociação de NFTs são públicos, eles oferecem uma chance notável para que possamos analisar por que as pessoas percebem certas coisas como valiosas e como ocorrem essas mudanças ao longo do tempo”, disse Suchow.

Suchow estudou colecionadores do Bored Ape Yacht Club (BAYC) e observou a queda do interesse pelos NFTs com o passar do tempo. Um macaco com acessórios é considerado raro, comparado a um macaco à paisana. Suchow disse que isso pode ser interessante nos primeiros dias, mas à medida que a coleção de alguém continua a crescer, os macacos podem acabar parecendo a mesma coisa.

“É um pouco como colecionar selos: os selos parecem todos iguais, então se houver um erro de impressão ou algum outro recurso raro que diferencia um selo, as pessoas vão pagar muito mais por isso”, explicou ele. “Hoje, um recém-chegado ao comércio de Bored Ape vê esses macacos raros em todos os lugares e percebe que eles são muito mais comuns do que de fato são.”

Continuando, Suchow observou:

“Se uma pessoa quer aprender o que é um cachorro, pode fazê-lo indo a um parque de cães e observando uma variedade de animais comuns. Ir a um criador experimental e olhar apenas para raças raras, por outro lado, distorceria sua percepção da categoria e de quanto vale um determinado cão.”

O cientista conclui que a raridade pode se tornar autodestrutiva, pois impede o comércio de peças comuns que compõem a maior parte do mercado.

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Conceito não é novo

Raridade não é um conceito novo. Na arte e na música tradicionais, existe algo chamado ‘itens de colecionador, que não são produzidos para o mercado de massa.

O grupo de hip hop Wu-Tang Clan vendeu seu álbum, “Once Upon A Time In Shaolin”, para um grupo de criptomoedas por NFTs no valor de cerca de US$ 4 milhões. O conteúdo do álbum ainda não foi acessado pelo mercado em geral.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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