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Receitas na Web3 e porque protocolos Blockchain são essenciais

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Web3 promete um novo conjunto de garantias a seus usuários, não disponibilizados na atual Web2.
  • A Web 3 está começando a gerar receita.
  • Por que o Blockchain é essencial à infraestrutura da Web3?
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Os benefícios aos usuários proporcionados pela Web 3, e seus princípios fundamentais

A proliferação da Web3 há muito tempo foi antecipada, mas levou tempo para se manifestar totalmente devido à necessidade de infra-estrutura em computação, indexação, gerenciamento de dados, hospedagem, armazenamento e outros serviços vitais.

A Web3 é a próxima evolução da web. Um conjunto de redes e protocolos abertos, confiáveis e descentralizados que oferecem uma gama de serviços digitais tais como computação, armazenamento, largura de banda, finanças e identidade sem intermediários. 

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Executada por participantes da rede em todo o mundo, a Web3 desbloqueia a infra-estrutura de custos disruptivos para desenvolvedores de aplicativos. Mas além disso, oferece aos usuários um novo conjunto de garantias nunca antes possíveis sob as estruturas de custos tradicionais e centralizadas dos aplicativos Web2

Claro que a centralização da Web2 ajudou bilhões de pessoas a bordo da Internet e criou a infra-estrutura estável e robusta sobre a qual ela vive. No entanto, da mesma forma, a centralização possibilitou que algumas poucas empresas se fortalecessem em grandes extensões da Internet, decidindo unilateralmente o que deve e o que não deve ser permitido, o que ficou conhecido como Dilema das Redes.

Pois bem, a Web3 pretende ser a resposta a este dilema. 

Em vez de uma Internet monopolizada por grandes empresas de tecnologia através do capitalismo de vigilância, a Web3 abraça a descentralização e está sendo construída, operada e destinada a seus usuários. 

A Web3 coloca o poder nas mãos de indivíduos, e não de corporações, e traz benefícios a seus usuários que incluem:

  • Controle: gerenciamento da identidade, dados e reputação pelos próprios usuários.
  • Interoperabilidade: Alternância perfeita entre as aplicações possibilitada pela tecnologia blockchain como uma das tecnologias que compõem a Web3.
  • Escala infinita: Sem tempo de inatividade da aplicação. A criptoeconomia desbloqueia escala infinita.
  • Confiabilidade: Garantia de funcionamento permanente em infra-estrutura pública confiável.
  • Dinheiro programável: Dinheiro e contratos financeiros incorporados.
  • Segurança: Segurança, proteção e privacidade.

O nascimento da receita da Web3 Network. Como acompanhar os fluxos gerados por seus protocolos?

Os dados do Web3 Index mostram que após anos de construção, vários protocolos Web3 estão começando a experimentar o uso fortalecido da rede. Como resultado deste uso, que muitas vezes exige o gasto do token nativo do protocolo em troca de serviços, estes protocolos Web3 estão começando a gerar receita.

Aqui, importante destacar que diferentemente da maioria dos índices DeFi (uma categoria da web3) que ponderam listas baseadas na capitalização de mercado ou “valor total bloqueado (TVL)”, o Índice Web3 utiliza uma metodologia diferente. 

No índice Web3, os valores de avaliação subjacentes (ou seja, taxas de protocolo do lado da demanda e utilização) possuem estimativas mais precisas do valor intrínseco de uma rede, ao invés do valor de mercado listado do projeto.

E isto é bom, pois como o Índice Web3 traz informações sobre as taxas que estão sendo pagas nas redes Web3 sob o enfoque da demanda, ele acaba espelhando o uso real da rede, além de possibilitar a qualquer um se manter atualizado sobre as últimas tendências da Web3.

Os princípios da Web 3 e por que o blockchain é essencial à sua infraestrutura?

Embora seja um desafio fornecer uma definição rígida do que é a Web3, alguns princípios fundamentais guiam sua criação:

  • A Web3 é descentralizada: em vez de grandes bandas da Internet controladas e de propriedade de entidades centralizadas, a propriedade é distribuída entre seus construtores e usuários.
  • A Web3 é sem permissão: todos têm acesso igual para participar da Web3, e ninguém é excluído.
  • A Web3 possui pagamentos nativos: ela usa criptoativos (tokens e criptomoedas) para gastos e envio de dinheiro on-line em vez de depender da infraestrutura pesada de instituições financeiras e processadores de pagamentos.
  • A Web3 é trusless: ela opera usando incentivos econômicos e design de incentivo (o que é mais conhecido como Token Economy, ou Economia de Tokens) em vez de depender de terceiros validadores de confiança.

Aqui, vamos entender porque a tecnologia blockchain é essencial à Web3, a partir de suas características que são:

1 – a titularidade dos dados pertence aos usuários

A Web3 lhe dá a propriedade de seus ativos digitais de uma forma sem precedentes. 

Imagine que você esteja jogando um jogo na Web2 e compre um item dentro do jogo, que ficará vinculado diretamente à sua conta. Todavia, se os criadores do jogo apagarem sua conta, na atual Web 2 você perderá seus itens. Ou, se você parar de jogar o jogo, você perderá o valor que investiu nos itens dentro do jogo. 

A Web3, por outro lado, permite a propriedade direta através de tokens não fungíveis (NFTs), desde que registrados em plataformas blockchain e, desta forma, ninguém, nem mesmo os criadores do jogo, terá o poder de tirar a sua propriedade. 

Observe, ainda, que se você parar de jogar, poderá vender ou negociar seus itens dentro do jogo em mercados abertos e recuperar seu valor.

2 – Resistência à censura

A dinâmica de potência entre plataformas e criadores de conteúdo é extremamente desequilibrada atualmente.

Por exemplo, o OnlyFans é um site de conteúdo adulto gerado pelo usuário com mais de 1 milhão de criadores, muitos dos quais utilizam a plataforma como sua principal fonte de renda. Ora, em agosto de 2021, o serviço anunciou planos para banir conteúdo sexualmente explícito.

O anúncio provocou indignação entre os criadores, que sentiram que estavam sendo privados de uma receita em uma plataforma que eles ajudaram a criar. Após a indignação dos usuários, a decisão foi rapidamente revertida.

Apesar dos criadores ganharem esta batalha, isso destaca um problema para os criadores da Web 2.0: você perde a reputação que você acumulou ao sair de uma plataforma.

Já na Web3, como seus dados vivem em infraestruturas blockchain, quando você decide deixar uma plataforma, você pode levar sua reputação com você, ligando-a em outra interface que se alinha mais claramente com seus valores.

Já a Web2 exige que os criadores de conteúdo confiem nas plataformas centralizadas para não alterar as regras, mas a resistência à censura é uma característica nativa de uma plataforma Web3.

3 – Uso de identidade descentralizada ou auto-soberana

Tradicionalmente, você criaria uma conta para cada plataforma que utilizasse. Por exemplo, você poderia ter uma conta no Twitter, uma conta no YouTube e uma conta na Reddit. Deseja mudar seu nome de exibição ou sua foto de perfil? Você tem que fazer isso em todas as contas.

Você pode usar sign-ins sociais em alguns casos, mas isto apresenta um problema familiar: a censura. Com um único clique, estas plataformas podem bloqueá-lo de toda a sua vida on-line. Pior ainda, muitas plataformas exigem que você confie a elas informações pessoais para criar uma conta.

A Web3, através da identidade descentralizada viabilizada pelo blockchain, resolve estes problemas permitindo que você controle sua identidade digital com um endereço Ethereum e um perfil ENS. O uso de um endereço Ethereum fornece um único login em todas as plataformas que é seguro, resistente à censura e anônimo.

4 – pagamentos nativos

A infraestrutura de pagamento da Web2 depende de instituições financeiras e processadores de pagamento, excluindo pessoas sem contas bancárias ou que por acaso vivem dentro das fronteiras do país errado (veja os cidadãos russos, por exemplo). A Web3 usa criptoativos (tokens e criptomoedas) como ETH e BTC (que são transacionados de maneira descentralizada em plataformas blockchain), para enviar dinheiro diretamente no navegador e não requer terceiros validadores de confiança.

Quais protocolos blockchain estão ajudando a construir a Web3?

Alguns protocolos blockchain de redes Web3 são o Livepeer e Storj (que usam blockchain Ethereum), e as redes Arweave, Sia, Hellium e Akash (que usam blockchains próprios).

Como muitos têm curiosidade de saber o que um protocolo da Web3 faz, vamos dar uma olhada em alguns deles. 

  • A Arweave é um novo protocolo de armazenamento de dados em blockchain que permite uma web sem servidor permanente e cria, pela primeira vez, um armazenamento de dados verdadeiramente permanente.
  • A Livepeer é um protocolo descentralizado que usa o blockchain Ethereum para a transmissão de vídeo.
  • O Storj é um protocolo de armazenamento descentralizado open source de objetos, em nuvem (cloud), seguro e privado, que também usa o blockchain Ethereum.
  • O Sia é um protocolo de armazenamento descentralizado para o mundo pós-cloud, sem signups, sem servidores, sem terceiros validadores de confiança, que usa um blockchain próprio de mesmo nome.
  • O Hellium, por outro lado, representa uma mudança de paradigma para uma infraestrutura sem fio (wireless) descentralizada, e usa um blockchain próprio de mesmo nome (Hellium). 
  • Por fim, o Akash é o primeiro marketplace descentralizado de computação em nuvem do mundo, desbloqueando 85% da capacidade subutilizada da nuvem em 8,4 milhões de centros de dados. O Akash também usa um blockchain próprio.

E você, já sabia dos atuais problemas da Web2, e o que os construtores da Web3 estão tentando resolver? Acha que é possível essa mudança de paradigma, ou acredita que os stakeholders atuais vão impedir o surgimento da próxima geração da Web?

Conhecimento é poder! Nos vemos em breve!!

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Tatiana Revoredo
Tatiana Revoredo é membro fundadora da Oxford Blockchain Foundation. LinkedIn Top Voice em Inovação e Tecnologia. Estrategista Blockchain pela Saïd Business School, University of Oxford. Especialista em Blockchain Business Applications pelo MIT. Especialista em Artificial Intelligence & Business Strategy pelo MIT Sloan & MIT CSAIL. Especialista em Cyber-Risk Mitigation pela Harvard University. Convidada pelo Parlamento Europeu para a “The Intercontinental Blockchain Conference”....
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