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Pi Network sob pressão: cinco pontos fracos da rede, segundo analistas

4 Min.
Atualizado por Luís De Magalhães

Resumo

  • Pi Coin da Pi Network não tem listagem na Binance apesar de 86% de apoio da comunidade.
  • Preço da Pi Coin enfrenta dificuldades desde o lançamento.
  • Apoio prometido do fundo de US$ 100 milhões é incerto.
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Desde o lançamento da mainnet da Pi Network em 20 de fevereiro, a rede tem chamado atenção pelos objetivos ambiciosos, mas também enfrenta críticas expressivas. O desempenho de preço aquém do esperado e a ausência de DApps, entre outros pontos, geraram dúvidas sobre a capacidade da Pi Network de atender às expectativas dos seus 60 milhões de usuários, conhecidos como Pioneers.

A seguir, confira cinco áreas de desempenho insatisfatório que se tornaram foco para analistas e membros da comunidade no início de 2025.

1. Ausência da listagem da Pi Network na Binance

Esse é um dos pontos fracos mais comentados pela comunidade da Pi Network, que pressiona por uma listagem em exchanges de grande porte como a Binance. Em fevereiro, 86% dos participantes de uma votação comunitária apoiaram a inclusão da Pi Coin (PI).

Apesar desse respaldo, a Binance não listou a PI. Em 15 de maio, a exchange publicou seu logotipo no X (antigo Twitter) acompanhado de símbolos matemáticos, incluindo π. A postagem alimentou especulações entre os Pioneers, mas não houve anúncio oficial sobre a listagem.

A ausência da Pi Coin entre os ativos da Binance renovou o foco sobre a credibilidade do projeto. A exchange adota um processo rigoroso de avaliação, levando em conta fatores como adoção do usuário, viabilidade do modelo de negócios, relevância, tokenomics, segurança técnica, histórico da equipe e conformidade regulatória. A decisão de não listar a Pi Coin sugere que o projeto ainda não atendeu a critérios considerados essenciais.

“Agora entendo melhor por que a Pi não está listada em grandes exchanges como Binance e Coinbase. É provável que a Equipe Central da Pi não tenha sido transparente o suficiente sobre o mecanismo de bloqueio e queima envolvendo os bilhões de Pi coins atualmente detidos pela PCT,” Pioneer Dr. Altcoin postou em 22 de março.

A Coinbase, outra exchange relevante, também não listou a Pi, o que ampliou a frustração da comunidade sobre o potencial do token para adoção mainstream. No entanto, a Pi Coin segue disponível para negociação em plataformas como HTX, Bitget, MEXC e OKX.

2. Preço da Pi Coin não atende às expectativas

Os Pioneers mineram Pi Coin há cerca de seis anos com a expectativa de retornos expressivos. No entanto, o desempenho do preço frustrou muitos deles e esse se tornou um dos mais comuns pontos fracos da Pi Network. A Pi Coin estreou na OKX cotada a apenas US$ 2, valor bem inferior ao registrado no mercado IOU.

Logo após a listagem, o token caiu abaixo de US$ 1. Embora tenha recuperado força e atingido a máxima histórica de US$ 3 no fim de fevereiro, o rali foi breve e a PI voltou a recuar, ficando novamente abaixo de US$ 1 no final de março.

Na semana passada, a cotação até chegou a superar esse nível, mas não conseguiu se manter. Quedas ocorreram mesmo após eventos considerados positivos.

O lançamento do Pi Ventures Fund, por exemplo, foi seguido por uma acentuada desvalorização. Além disso, a aparição pública do fundador Nicolas Kokkalis no Consensus 2025, em 16 de maio, não conseguiu restaurar a confiança dos investidores. Pelo contrário, o token despencou. Segundo dados do BeInCrypto, a PI caiu 42,6% na última semana. No momento desta reportagem, o preço da moeda era de US$ 0,7, uma queda de 3,1% no dia.

O BeInCrypto também apontou que alegações de venda interna e suspeitas de golpe ampliam o ceticismo dos investidores.

Desempenho de Preço da Pi Coin
Desempenho de Preço da Pi Coin. Fonte: TradingView

3. Incerteza sobre o Pi Network Ventures Fund

No dia 14 de maio, a equipe central da empresa anunciou o Pi Network Ventures, iniciativa voltada ao apoio de startups no ecossistema da Pi Network.

Embora o anúncio oficial tenha citado um fundo de até US$ 100 milhões, a Pi Network Foundation manteve total autonomia sobre a destinação dos recursos.

“A Pi Foundation não é obrigada a investir todo o montante de 100 milhões de dólares, dependendo da qualidade dos candidatos e do número de startups aceitas na iniciativa,” o blog afirmou.

O projeto permite investimentos em fases e pode interromper o aporte a qualquer momento. Essa flexibilidade foi recebida com desconfiança por parte da comunidade, que esperava um suporte mais imediato e concreto ao desenvolvimento da rede.

“O investimento prometido de US$ 100 milhões será descontinuado de tempos em tempos se eles não virem nenhum investidor chegando ou não tiverem impacto algum LOL”, escreveu um usuário .

4. Aplicativos descentralizados (DApps) ausentes na Pi Network

A preocupação da comunidade não se limita ao fundo. Dr. Altcoin apontou que o recurso está sendo usado para desenvolver DApps que já deveriam estar prontos.

Segundo ele, uma das condições para o lançamento da mainnet era o desenvolvimento de 100 DApps ativos. Em maio de 2025, a maioria desses aplicativos segue indisponível no ecossistema.

“Após 6 anos de espera, por que ninguém está fazendo a pergunta real: Onde estão os 100 DApps que nos foram prometidos?” afirmou o analista .

Essa falta de avanços levou muitos a duvidar da maturidade da rede e da capacidade da Pi Network de sustentar um ecossistema robusto.

5. Problemas no roteiro da Pi Network

A transparência do projeto é outro ponto criticado. Em abril de 2025, a Pi Network divulgou um roteiro dividido em três fases para a migração ao mainnet, mas não apresentou prazos detalhados, o que gerou insatisfação.

De acordo com reportagem do BeInCrypto, a comunidade demonstrou preocupação pelo roteiro não apresentar datas estimadas ou processos de auditoria para lidar com eventuais discrepâncias nos dados históricos de mineração, ampliando a desconfiança em relação à liderança do projeto.

Além disso, outros desafios continuam, como atrasos no KYC e dificuldades na migração de tokens para a mainnet.

Dessa forma, os primeiros meses da Pi Network após o lançamento do mainnet foram marcados por expectativas não correspondidas e crescente desilusão entre os Pioneers. O futuro da rede dependerá de sua capacidade de superar esses obstáculos e reconquistar a confiança da comunidade nos próximos meses.

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Lucas Espindola
Lucas estudou na FMU e acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
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