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“Cai quem quer”: os golpes hackers de cripto em 2022

3 mins
Por Nicholas Pongratz
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • As vítimas perderam US$ 4,3 bilhões em golpes cripto ao longo de 2022.
  • Os mais comuns foram as explorações financeiras descentralizadas, com os esquemas pig butchering tendo destaque.
  • Os maiores golpes deste ano foram o colapso da FTX, no qual US$ 1 a 2 bilhões desapareceram.
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O BeInCrypto analisa as principais tendências para golpes de criptomoedas e os maiores incidentes de 2022

Entre janeiro e novembro de 2022, hackers fugiram com US$ 4,3 bilhões em criptomoedas, de acordo com um relatório da Privacy Affairs. Isso representa um aumento de aproximadamente 37% em relação a 2021. Ainda assim, embora o valor geral tenha subido, 2022 teve as menores transferências individuais para golpes cripto nos últimos quatro anos.

Tendências dos golpes cripto

Assim como no ano passado, a maioria dos hacks e golpes de criptomoedas em 2022 resultaram de ataques a protocolos DeFi, plataformas de exchanges e pontes de blockchain. Aproximadamente 72% das criptomoedas roubadas por hackers em 2021 vieram de protocolos DeFi, enquanto 21% de todos os hackers de criptomoedas naquele ano exploraram vulnerabilidades em DeFi.

Este ano, cerca de 97% de todas as criptomoedas roubadas foram adquiridas de protocolos DeFi. Enquanto isso, violações em pontes entre cadeias representam uma perda estimada de US$ 1,4 bilhão em 2022.

De acordo com o Solidus Labs, 2022 viu um aumento de 20% nos golpes cripto em comparação com 2021, com rugpulls crescendo em destaque. Em 2021, os investidores perderam US$ 2,8 bilhões perdidos em rugpulls, nos quais os fundos de investimento são repentinamente roubados pelos criadores do projeto.

Enquanto isso, 2022 teve mais de 188.000 incidentes em vários blockchains, como BNB e Ethereum. O Solidus Labs também informou que 12% de todos os tokens BEP-20 estavam vinculados a golpes, o que significa que a cadeia BNB da Binance experimentou o maior número de golpes este ano.

Um tipo de golpe cripto em ascensão este ano foi o chamado pig butchering, ou esquemas de romance. Nesses casos, os golpistas irão seduzir uma vítima online e convencê-la a investir periodicamente em cripto, apenas para eventualmente bloqueá-la e fugir com os fundos.

De acordo com uma pesquisa da Social Catfish, os golpes de romance começam em aplicativos de namoro como o Tinder (35%), no Facebook (10%) e em outros apps diversos. Enquanto as vítimas perderam mais de US$ 139 milhões em criptomoedas para esses esquemas em 2021, os americanos perderam US$ 185 milhões em criptomoedas para golpes de romance apenas no primeiro trimestre de 2022.

No total, os americanos perderam US$ 329 milhões em golpes cripto só no primeiro trimestre de 2022, praticamente o dobro dos australianos, que perderam US$ 166 milhões ao longo do ano. Em Hong Kong, os investidores perderam US$ 50 milhões em golpes de criptomoeda em 2022. Enquanto isso, hackers afiliados à Coreia do Norte roubaram cerca de US$ 1 bilhão em criptomoedas dos protocolos DeFi.

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Maiores Incidentes de 2022

No entanto, à medida que essas formas de fraude proliferaram este ano, a maior perda veio de uma fonte muito mais confiável. Depois que a exchange de criptomoedas FTX entrou com pedido de falência, uma investigação revelou que entre US$ 1 e US$ 2 bilhões em fundos de clientes estavam faltando. Isso o torna o maior golpe cripto perpetrado este ano.

As próximas duas maiores perdas foram atribuídas aos meios mais tradicionais de fraude mencionados acima. Em março, os hackers roubaram cerca de US$ 615 milhões em USDC e Ethereum da Rede Ronin do Axie Infinity. A terceira maior perda ocorreu no início de fevereiro, quando um hacker explorou o protocolo Wormhole por aproximadamente US$ 325 milhões em Ethereum.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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