Uma parceria entre a Nasdaq e a gestora de fundos de investimentos do Nubank, Nu Asset lançou hoje o NBIT11. É o primeiro ETF (fundos negociados em bolsa de valores ETFs ou Exchange Traded Funds) no Brasil a oferecer exposição ao Bitcoin via contratos futuros negociados na B3.
Assim, investidores monitoram a variação do preço da criptomoeda de maneira prática, através de um fundo de investimento.
O NBIT11 foi desenvolvido como mais uma alternativa para investidores que desejam se expor ao mercado de criptoativos. Com exposição financeira ao preço futuro do Bitcoin, o ETF oferece acesso de forma simples e alinhada às práticas do mercado financeiro tradicional, detalha o diretor-executivo da Nu Asset Management, Andrés Kikuchi.
Contrato futuro replica Índice Nasdaq Brazil Bitcoin Futures
O NBIT11 replica o Índice Nasdaq Brazil Bitcoin Futures TR (NQBTCBRT), criado exclusivamente para o lançamento desse novo ETF. Assim, o produto acompanha o desempenho dos contratos futuros de Bitcoin com vencimento mensal mais próximo na B3.
A B3 tem já um contrato futuro de Bitcoin. Mas é reduzido em dez vezes e representa 1% da cotação do Bitcoin. Com mais de 41 milhões de contratos negociados desde abril do ano passado, o futuro de Bitcoin já movimentou mais de R$ 2 trilhões em volume financeiro na bolsa brasileira.
Esses contratos possibilitam que investidores acompanhem o desempenho de BTC sem precisar comprar ou guardar, atendendo à crescente demanda por uma exposição mais alinhada com métodos tradicionais do mercado financeiro.
Investimento a partir de R$ 50
O ETF NBIT11 terá uma taxa global reduzida conforme o fundo cresce e liquidez em reais. O produto é regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) garantindo conformidade com as regras do mercado financeiro brasileiro.
Já disponível na B3, o investimento mínimo é de R$ 50 com taxa anual de 0,50%. A liquidez é de um dia útil (D+2) para resgates.
Diferenças entre os contratos futuros de Bitcoin da B3 e o ETF NBIT11
A principal diferença entre o contrato futuro de Bitcoin negociado na B3 e o ETF NBIT11, lançado pelo Nubank, está na estrutura e no tipo de exposição ao ativo.
Contrato Futuro de Bitcoin na B3 (BIT)
- Produto: Derivativo financeiro que permite especular sobre o preço futuro do Bitcoin.
- Liquidação: Exclusivamente financeira.
- Tamanho do Contrato: Cada contrato equivale a 0,01 BTC, após a redução em 10 vezes implementada em junho de 2025.
- Vencimento: Mensal, na última sexta-feira de cada mês.
- Margem: A partir de R$ 50 para operações de day trade.
- Tributação: Imposto de renda de 15% sobre ganhos de capital, sem come-cotas.
- Acesso: Negociado diretamente na B3, por meio de corretoras habilitadas.
- Objetivo: Permite estratégias de hedge, especulação e arbitragem, com alta alavancagem e maior complexidade operacional.
ETF NBIT11 (Nu Asset)
- Produto: Fundo de índice (ETF) que replica a desempenho do Nasdaq Brazil Bitcoin Futures TR Index, composto por contratos futuros de Bitcoin negociados na B3.
- Liquidação: Em reais, com cotas negociadas na B3.
- Tamanho do Investimento: Investimento inicial a partir de R$ 50.
- Liquidez: D+1, com possibilidade de resgate diário.
- Tributação: Imposto de renda de 15% sobre ganhos de capital, sem come-cotas.
- Acesso: Negociado na B3, acessível por meio de qualquer corretora.
- Objetivo: Oferece exposição ao mercado de Bitcoin de forma prática, sem a necessidade de operar diretamente com contratos futuros.
Resumo das diferenças:
Característica | Contrato Futuro na B3 (BIT) | ETF NBIT11 (Nu Asset) |
---|---|---|
Tipo de Produto | Derivativo financeiro | Fundo de índice (ETF) |
Forma de Exposição | Contratos futuros de Bitcoin | Índice de contratos futuros de Bitcoin |
Liquidação | Financeira (sem entrega de Bitcoin) | Em reais, com cotas negociadas |
Tamanho do Contrato | 0,01 BTC por contrato | Investimento inicial a partir de R$ 50 |
Liquidez | Diária (D+0) | Diária (D+1) |
Tributação | 15% sobre ganhos de capital | 15% sobre ganhos de capital |
Acesso | Corretoras habilitadas na B3 | Qualquer corretora com acesso à B3 |
Complexidade Operacional | Alta (requere conhecimento em derivativos) | Baixa (sem necessidade de operar contratos futuros) |
Em resumo, o contrato futuro de Bitcoin na B3 oferece uma forma direta e sofisticada de operar com o ativo, ideal para investidores experientes que buscam estratégias de hedge ou especulação.
Por outro lado, o ETF NBIT11 proporciona uma exposição prática e acessível ao mercado de Bitcoin, sem a necessidade, por exemplo, de operar diretamente com contratos futuros, sendo mais adequado para investidores que preferem simplicidade e menor complexidade operacional.
Aumenta nº de CPFs que investem em ETFs na B3
Enquanto isso, na B3, os ETFs dominaram os ganhos no período de 12 meses até 31 de julho de 2025, segundo o Ranking Grana Capital, divulgado nesta quarta-feira, 19 de agosto.
No período, o ETF It Now Bloomberg Galaxy Bitcoin (BITI11) liderou, com rentabilidade de 77,35%, seguido pelo Hashdex Nasdaq Bitcoin (74,41%) e o QR CME CF Bitcoin (74,02%).
“O número de investidores pessoas físicas em ETFs segue em crescimento na bolsa brasileira (B3) e supera 638 mil CPFs, uma alta de 9% na comparação com dezembro de 2024”, afirmou o CEO da Grana Capital, André Kelmanson.
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