O Bitcoin (BTC) opera com leve alta nesta quarta-feira, sendo negociado na faixa de US$ 96.210, após uma tentativa de recuperação. O mercado segue cauteloso, reagindo às últimas movimentações macroeconômicas e às expectativas em torno da política monetária dos Estados Unidos.
Mercado de olho no Fed: juros altos ainda pesam no Bitcoin
A recente decisão do Federal Reserve (Fed) de manter taxas de juros elevadas para conter a inflação continua impactando os ativos de risco, incluindo as criptomoedas. Além disso, o volume negociado nos últimos dias sugere que os investidores ainda não estão totalmente confiantes em uma retomada sólida do preço.
A manutenção dos juros em níveis elevados tem incentivado uma maior alocação de capital em ativos tradicionais, reduzindo a liquidez disponível para o mercado cripto. Somado a isso, o mercado acompanhou uma saída de aproximadamente US$ 430 milhões de fundos institucionais de Bitcoin na última semana, refletindo um sentimento mais defensivo por parte de grandes investidores.
Essa conjuntura tem dificultado uma retomada mais expressiva do preço, que ainda encontra barreiras técnicas importantes antes de poder avançar para novos patamares.
Suporte ou resistência: qual lado vai vencer?
No gráfico de 4 horas, o Bitcoin encontra resistência na região de US$ 99.500, nível que tem sido um obstáculo para a continuação do movimento de alta. Para que o ativo consiga avançar, será necessário romper essa faixa e consolidar um fechamento acima dela.
Caso contrário, o mercado pode permanecer lateralizado ou enfrentar nova pressão vendedora. Do lado oposto, o suporte imediato está situado em US$ 92 mil, sendo um ponto de defesa importante para evitar quedas mais acentuadas.
O Índice de Força Relativa (RSI) está atualmente em 44,44, indicando uma condição neutra e sem sinais claros de sobrecompra ou sobrevenda. A falta de um volume expressivo também reforça a possibilidade de um movimento de consolidação antes de qualquer nova tendência se definir.
Bitcoin pode ganhar força ou seguirá travado?
A movimentação do Bitcoin dependerá de como o mercado absorverá os impactos das políticas monetárias e das novas dinâmicas de liquidez global. Se o ativo conseguir romper US$ 99.500, há possibilidade de um movimento mais amplo em direção à região de US$ 100 mil, trazendo mais otimismo para os investidores.
No entanto, caso a fraqueza persista, o teste do suporte em US$ 92 mil pode gerar um novo período de volatilidade. Os próximos dias serão decisivos para entender se o Bitcoin conseguirá ganhar força ou se seguirá preso a um cenário de incerteza e consolidação.
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