Uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo, a B3 já tem uma agenda para economia tokenizada.
Em 2024, a bolsa brasileira tem planos de estender o tradicional pregão regular ou criar um mercado noturno que opere a princípio entre 18h00/19h e 22h. O horário das negociações do mercado tradicional à vista atual é das 10h às 18h.
Neste primeiro momento, apenas dois ativos estarão disponíveis para os traders. Os contratos Futuros de Bitcoin e Ibovespa.
Vale ressaltar que a B3 está aguardando o aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ofertar contratos futuros de Bitcoin desde o ano passado. A autarquia trabalha em uma forte parceria com o Banco Central nas questões relacionadas ao criptoativos, DeFi e outros que envolvem a tokenização da economia brasileira.
A B3 – alinhada com a evolução do mercado cripto brasileiro – saiu na frente e já oferece algumas opções de investimento em criptoativos há três anos, como, por exemplo, os ETFs atrelados ao bitcoin, ethereum, DeFi, entre outros.
“São dois produtos que já poderiam fazer um teste com o investidor para o horário estendido”, detalhou o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, em almoço com jornalistas. Essa ampliação, segundo ele, vai servir como um teste para o possível aumento do pregão para outros instrumentos, como ações, destacou o Valor Econômico, presente no encontro desta quinta-feira. (19).
A B3 vai fazer um comunicado oficial antes da estreia das negociações com futuros de Bitcoin e Ibovespa.
Demanda do mercado
No mesmo almoço com a imprensa, Finkelsztain contou que a ideia do pregão noturno surgiu após pedido de um investidor pessoa física.
“Tem muita gente que gostaria de operar no final do dia. Acho que tem um certo represamento de algumas operações. No final do dia, é um bom teste. Aumenta custo, aumenta risco. Temos que testar se vai ser bom ou ruim para a liquidez”
B3 moderniza Clearing de Câmbio para desenvolver novos produtos
Na próxima segunda-feira (22) a B3 começa a operação da primeira clearing de câmbio do mercado com infraestrutura 100% na nuvem. A plataforma é a primeira do mercado nesta modalidade.
A ideia é estimular, segundo a bolsa o desenvolvimento do mercado interbancário no país com a criação de produtos e a geração de novas oportunidades de negócios para o mercado.
A clearing de câmbio, criada em 2002, é a estrutura responsável pelo registro, compensação, liquidação e gerenciamento de risco das operações de câmbio no mercado interbancário no país.
Sua principal função é atuar como contraparte central das operações de dólar a vista realizadas entre as instituições bancárias e garantir que as operações de compra e venda de moedas estrangeiras aconteçam de maneira adequada, evitando riscos sistêmicos, explica o comunicado da Bolsa.
Em 2023, o volume médio diário negociado na Clearing de Câmbio da B3 foi de aproximadamente R$ 10 bilhões. Atualmente existem cerca de 100 bancos habilitados para operar na clearing de câmbio da B3.
“Mapeamos as demandas dos clientes e encontramos oportunidades para a sofisticação do mercado de câmbio com a possibilidade de criação de novos produtos e iniciativas que dependiam da atualização da infraestrutura tecnológica disponível e também da modernização da regulação vigente, tema já contemplado na agenda do regulador”, afirma o vice-presidente de Operações e CCP da B3, Mario Palhares.
Além da modernização na clearing, a B3 também está participando das discussões sobre a atualização da regulação do mercado interbancário junto ao Banco Central e outras instituições do mercado financeiro para viabilizar tais benefícios aos participantes deste mercado.
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