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Polícia de SP apreende R$ 172 milhões de 17 exchanges de criptomoedas

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Uma operação da Polícia Civil de São Paulo apreendeu R$ 172 milhões em criptomoedas.
  • O dinheiro havia sido repassado a exchanges por empresas registradas em nome de laranjas.
  • A Polícia ainda não revelou o nome das 17 exchanges envolvidas no esquema.
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Uma operação da Policia Civil de São Paulo apreendeu mais de R$ 172 milhões que foram depositadas em 17 exchanges suspeitas de intermediarem a compra e venda de criptomoedas para empresas fictícias.

A operação foi chamada de “Operação Exchange” e cumpriu seis mandatos de busca e apreensão na cidade de São Paulo e em Diadema. Foram sequestrados valores de contas de duas pessoas físicas e 17 jurídicas. Em nota, a Polícia informou que não vai divulgar o nome das exchanges envolvidas para não atrapalhar as investigações.

Segundo a Polícia Civil, as investigações apontaram que as empresas envolvidas faziam a transação de grandes valores de dinheiro entre si e, depois, o enviavam para as exchanges para a compra de criptomoedas.

Aparentemente, as empresas envolvidas, muitas delas registradas em nome de laranjas, forneciam a chave privada da carteira onde estava o dinheiro para que seus clientes pudessem sacar o dinheiro sem serem rastreados.

A inteligência da Polícia também teria revelado que uma das exchanges só possuía vínculos com estas empresas. Ela teria feito transações de até R$ 10 milhões em criptomoedas em cinco meses, para apenas seis empresas fictícias. Outras oito companhias teriam adquirido R$ 15 milhões em cripto no mesmo período.

A Polícia acredita que as exchanges não fazem a verificação da identidade de seus clientes ou da origem dos valores negociado. Portanto, elas se valeriam “do mercado negro para obter lucro e dar aspecto lícito ao dinheiro recebido, operando conscientemente em favor de uma organização criminosa destinada à lavagem de capitais por meio de criptomoedas”.

Crimes

A ação é mais uma das várias que a polícia brasileira tem efetuado que envolvem criptomoedas. No início de julho, uma operação em Curitiba prendeu pessoas relacionadas ao Grupo Bitcoin Banco (GBB), responsáveis por um golpe que teria enganado mais de sete mil pessoas em todo o país, incluindo famosos.

Na terça-feira (21), a Receita Federal também apreendeu quatro mineradoras de criptomoedas que estavam sendo contrabandeadas para o Brasil. A mercadoria foi localizada em Foz do Iguaçu e estava sendo transportada para o Rio Grande do Sul.

Um balanço da Polícia Federal divulgado em maio de 2021, por sua vez, revelou que foram apreendidas mais de 6.000 BTC em todo o território nacional em 2020, através de operações policiais.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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