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Pibão coloca Brasil no ranking das dez maiores economias do mundo – G20 encerra em SP com foco em inclusão financeira

4 Min.
Atualizado por Aline Fernandes

Acima das expectativas do governo, analistas e instituições financeiras, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil subiu 2,9% no ano passado, com um total nominal de R$ 10,9 trilhões. O índice colocou o país de volta na lista das 10 maiores economias do globo, conforme a Austin Rating. Estados Unidos mantém a hegemonia e Brasil deixa Canadá para trás.

O crescimento de US$ 2,17 trilhões em 2023, foi impulsionado pelo agronegócio, que cresceu 15,1%. O complexo de grãos, soja e milho, foi o que puxou o setor, com produções recordes.

No X, o presidente Luis Inácio Lula lembrou que o dado é bem maior do que o previsto pelo mercado.

 “Vocês se lembram de que a previsão de alguns era 0,9%? Crescemos bem mais do que o previsto e vamos continuar trabalhando para crescer com qualidade e pela melhora de vida de todos”

Chamado de Pibão pelo executivo, o governo disse em comunicado que “outros avanços importantes foram no setor de serviços (2,4%) e na indústria (1,6%). Já o PIB per capita, ou seja, a distribuição do valor total dividido pelo número de habitantes do país, alcançou R$ 50.194, um avanço de 2,2% em relação a 2022.”

Todas as atividades do setor de serviços apresentaram evolução, com destaque para atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados à intermediação. “É o Brasil no rumo certo. 2023 foi só o começo”, resume Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).

G20 Presidência brasileira: ministro da Fazenda faz balanço positivo

imagem: Áudiovisual G20

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad fez um balanço positivo ao final da 1ª reunião entre ministros e presidentes de bancos centrais das maiores economias do mundo do G20 na capital paulista.

Haddad disse que a agenda foi saudada e bem-vinda após as discussões sobre os pilares 1 e 2. Ele propôs a abertura de um novo pilar de discussão, na OCDE, sobre tributação internacional com a taxação dos super-ricos.

Agenda tem foco em desigualdade social, inclusão financeira digital e clima

“Temos condições de avançar na questão de justiça tributária no mundo, a repercussão internacional do que discutimos aqui foi muito grande e os países demonstraram disposição de avançar nesta agenda. Ela foi bem-vinda, é pertinente e o Brasil, como presidente do G20, quero aprofundar esta temática”, declarou o ministro da Fazenda.

Para o ministro, o papel do Brasil pode ser muito importante neste momento em que além da presidência do G20, também preside o banco dos Brics e da Celac, além de ser convidado para reuniões do G7.

“O Brasil é um país credor líquido do ponto de vista internacional. Ele não está endividado como muitos países em desenvolvimento estão e tem condições de pedir muito pouco para si e contribuir muito para o equilíbrio da governança global”, 

Haddad falou em construir urgente uma neo globalização sustentável, socialmente justa e fiscalmente responsável.

“Estamos defendendo interesses da população do planeta, populações que não estão nesta reunião nem como membros do G20, nem como convidados. Não é mais possível ignorar que os problemas pertinentes a eles atingem o mundo todo”, disse. “É preciso ter uma visão mais abrangente, muitos temas não serão resolvidos em âmbito nacional, somente internacionalmente”, finalizou.

A presidência brasileira do G20 termina em novembro deste ano, quando acontece o último encontro no Rio de Janeiro.

BC enfatiza tokenização no G20

O Diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do BC, Paulo Picchetti, disse em uma coletiva para imprensa no último dia do encontro (29/02), que o mundo ainda vive a desinflação pós-pandemia e ainda é preciso “chegar lá”.


“O mundo inteiro está vendo desinflação, óbvio que tem diferentes graus entre as diferentes economias, mas a direção é comum a todos os países. Ao mesmo tempo, a gente tem o diagnóstico de que você não chegou lá ainda. Falta o último quilômetro da corrida”, disse Picchetti.

Perguntamos ao diretor como o Drex e as CBDCs podem conectar questões como inclusão financeira e pagamentos transfronteiriços com a moeda digital brasileira.

Picchetti lembrou que ainda é muito recente a exploração da nova tecnologia, ainda em ambiente de testes.

Ele (Drex) é muito mais que o Pix, então não é simplesmente um sistema de transmissão digital de recursos de um lado para o outro. Duas contribuições muito grandes que o Drex pode trazer são a tokenização de ativos e a criação de contratos inteligentes.

Picchetti disse que a tokenização de ativos é de interesse de todos e confirmou que muitas conversas dentro do G20 abordaram a agenda tecnológica econômicas para evoluir em questões como, por exemplo, pagamentos transfronteiriços.

O diretor do BC usou o mercado de crédito de carbono como exemplo.

“Você imaginar isso sendo tokenizado e, portanto, transacionado contra uma moeda digital e aí entra a parte dos contratos inteligentes. Então é por aí que a gente está vendo uma das muitas dimensões da grande contribuição que essa questão do DREX pode dar.”

Um dia antes, o presidente do regulador, Roberto Campos Neto defendeu a tokenização da economia.

“No Banco Central do Brasil, acreditamos que, além de promover eficiência e modernização, a tecnologia também serve como o principal instrumento para intensificar a inclusão financeira”, disse Campos Neto.

A expectativa é que a moeda digital chegue aos brasileiros no final de 2024 ou início de 2025.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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