A emissão de carbono através da mineração do Bitcoin pode ser menor que o mercado imaginava. Segundo um recente estudo divulgado, a “pegada de carbono do Bitcoin” é a mesma que a cidade do Rio de Janeiro produz.
Uma das maiores preocupações sobre o Bitcoin está relacionada a mineração da criptomoeda. Com o uso do poder computacional de milhões de equipamentos, foi calculado que a mineração de Bitcoin seria catastrófica para o sistema de energia elétrica.
Mineração da criptomoeda não emite tanto carbono
SponsoredA emissão de dióxido de carbono na atmosfera é um assunto preocupante e que atinge a toda a sociedade. Com o advento do Bitcoin, era sugerido que a criptomoeda alcançaria índices preocupantes.
Segundo estudos anteriores, a “pegada de carbono” da criptomoeda seria capaz até de elevar a temperatura do planeta. Alguns apontamentos sugeriam que o Bitcoin seria, sozinho, responsável por aumentar a temperatura em 2ºC.
Mas parece que a moeda digital é menos inofensiva que os estudos anteriores sugeriam. Sendo assim, a mineração não deve emitir tanto dióxido de carbono como antes acreditavam.
Rio de Janeiro emite mesmo CO² que Bitcoin
Um novo estudo é publicado sobre a emissão de dióxido de carbono pela mineração do Bitcoin. Chamado de “Avaliação do ciclo de vida da mineração de Bitcoin”, o estudo mostra que a criptomoeda emitiu “apenas” 17,29 megatoneladas de CO² na atmosfera em 2018.
O número parece surpreendente, mas é um índice baixo, se for considerado a emissão de dióxido de carbono por localidade. A nível de comparação, a emissão de CO² da mineração do Bitcoin equivale a emissão de toda a cidade do Rio de Janeiro.
Sponsored SponsoredPor outro lado, um estudo anterior sugeria que o Bitcoin fosse responsável por uma “pegada de carbono” ainda maior. Segundo o Digiconomist, a mineração do ativo digital seria responsável pela emissão de 37,73 megatoneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
O valor é mais do que o dobro refutado pela pesquisa recente que compara a emissão do Bitcoin à capital carioca. No caso do Digiconomist, a emissão de CO² na mineração da criptomoeda atingiria valores próximos ao de todo o país da Dinamarca.
Países que mais mineram Bitcoin no mundo
O novo estudo publicado traz dados sobre a divisão geográfica da mineração de Bitcoin no mundo. De acordo com a publicação, a China representa 60% de todos os equipamentos de mineração para a criptomoeda.
Sponsored SponsoredNo país chinês, o estado que mais concentra equipamentos deste tipo é Sichuan. Pode ser afirmado que a província é responsável por quase metade da mineração de Bitcoin no mundo todo.
Enquanto isso, os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, empatados com o Canadá. Ambos os países aparecem com 10,9% no estudo sobre mineração. neste caso, o estado de Washington (3,6%) e Columbia Britânica(3.6%), respectivamente, correspondem aos locais que mais concentram a atividade.
Outros países que são mencionados na lista são:
- Rússia 7,3%
- Geórgia 3,6%
- Islândia 3,6%
- Suécia 1,8%
- Noruega 1,8%
Criptomoeda emite muito dióxido de carbono?
SponsoredA mineração do Bitcoin acontece através de equipamentos que geralmente utilizam a energia elétrica. Muito alarde surgiu diante do poder de processamento dos dados envolvendo as transações com a criptomoeda.
Vários países demonstraram preocupação com a energia utilizada para minerar informações no blockchain do Bitcoin. Contudo, a moeda digital não representa uma verdadeira ameaça neste sentido.
Em alguns casos, a mineração foi até interrompida em pequenos países como a Abecásia. A energia elétrica foi desligada no local para quinze centros com máquinas para minerar o Bitcoin.
Por outro lado, existe um terceiro estudo que apresenta um novo índice para a emissão de dióxido de carbono na mineração da criptomoeda. Neste caso, a emissão seria de 22,9 megatoneladas, um valor que fica entre os índices apresentados nos dois estudos mencionados anteriormente.
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