O sonho de vários entusiastas do bitcoin é poder utilizar a criptomoeda no seu dia a dia para realizar compras, fazer pagamentos e se libertar do controle do governo sobre o seu dinheiro.
Muito se discute quando o bitcoin, ou outra moeda virtual, vai começar a ser amplamente utilizada na sociedade. Há quem acredite que devemos abolir as moedas fiduciárias e estabelecer o bitcoin como a moeda mundial.
Porém, especialistas acreditam que isso não vai ser possível.
Volatilidade é prejudicial
Thiago Cesar, CEO da Transfero Swiss, acredita que a utilização do bitcoin como unidade de conta é complicada, dado o tamanho do mercado. Hoje qualquer movimento de alguns bilhões de dólares podem influenciar o preço da moeda virtual de uma forma que ela não se torna um mecanismo interessante para realizar trocas por bens e serviços. Cesar diz que essa é uma das razões para o bitcoin não ser utilizado para comprar um cafezinho ou um produto em uma loja, já que, o trabalho que essa loja teria de reajustar o valor do produto a cada segundo, dada a volatilidade do bitcoin.
Unidade de conta não é realidade
O economista Fernando Ulrich também possui uma opinião parecida. Para ele, imaginar o bitcoin como uma moeda corrente, sendo utilizado como meio de troca generalizada é praticamente impossível. “A questão da unidade de conta, por consequência da volatilidade de preço, é crucial.” Para Ulrich, a característica principal de um bem que se tornou moeda é quando ele passa a ser utilizado como o bem pelo qual todos os outros são precificados. Ou seja, todos os produtos são classificados em função deste bem. Exemplos disso foram o ouro e a prata, que serviram de moeda durante grande parte da história. O bitcoin está muito longe de virar moeda de conta, se é que algum dia isso vá acontecer. Ainda que, em teoria, a criptomoeda poderia alcançar esse patamar, já que não há nada que impeça que isso ocorra. Porém, as restrições legais do mercado e impostos sobre ganhos de capital acabam prevenindo que o bitcoin seja utilizado como moeda.Isenção de responsabilidade
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Airí Chaves
Formada em marketing pela Universidade Estácio de Sá e com um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Já...
Formada em marketing pela Universidade Estácio de Sá e com um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Já...
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