OranjeBTC começou a negociar na B3, tornando-se a primeira empresa listada na América Latina a possuir uma tesouraria 100% dedicada ao Bitcoin. A empresa detém mais de 3.500 Bitcoin, avaliados acima de R$ 2 bilhões, superando rivais e entrando para o grupo das 25 maiores detentoras corporativas de Bitcoin no mundo.
O movimento é um marco relevante para o setor cripto no Brasil ao destacar a confiança da OranjeBTC no Bitcoin como principal ativo de reservas. Segundo executivos da companhia, a meta é impulsionar adoção e promover educação sobre criptomoedas na região.
SponsoredA empresa brasileira ingressou na bolsa por meio de uma estratégia de IPO reverso, adquirindo Integraus para acelerar sua entrada. Com isso, já registrou um feito inédito: mais de 3.500 Bitcoin na reserva, superando R$ 2 bilhões ao câmbio atual.
Esse volume coloca a OranjeBTC à frente de antigos líderes do setor nacional, como Méliuz, que registrava R$ 360 milhões em Bitcoin, e do grupo Mercado Livre, ambos antes considerados os maiores detentores institucionais no país. Agora, globalmente, a empresa está entre as 25 maiores reservas corporativas de Bitcoin.
OranjeBTC estreia na B3 ampliando uso do Bitcoin
A companhia planeja ampliar a compra de Bitcoin utilizando recursos próprios, empréstimos ou novas emissões de ações. Só entre o final de setembro e início de outubro, adicionou R$ 15,5 milhões em Bitcoin ao caixa, demonstrando intenção de manter um ritmo agressivo nas aquisições.
A volatilidade do Bitcoin permanece central para decisões de tesouraria, e um recente gráfico semanal ilustra essa dinâmica:
Estratégia ousada com Bitcoin para a região
A OranjeBTC prioriza o Bitcoin no centro de sua atuação. O CEO Guilherme Gomes, com passagens por Bridgewater e Swan Bitcoin, lidera uma equipe dedicada a acelerar a adoção de Bitcoin na América Latina. O compromisso vai além de manter o ativo: a missão envolve ampliar educação, pesquisa e facilitar investimentos regionais em criptomoedas.
Com a listagem e reservas crescentes, a empresa visa criar novos caminhos para indivíduos e instituições da região acessarem e entenderem o Bitcoin. A política de tesouraria reforça que empresas brasileiras podem ver valor no Bitcoin, não só como especulação, mas como ativo legítimo de reserva.
A ascensão da OranjeBTC como maior detentora corporativa de Bitcoin da América Latina ocorre em meio a mudanças regulatórias e financeiras no Brasil. O avanço despertou debates sobre o papel dos ativos digitais no sistema financeiro tradicional.
Marco do Bitcoin no Brasil e contexto global
A B3 já tinha presença de ativos digitais, mas a OranjeBTC é a primeira companhia com uma abordagem puramente voltada ao Bitcoin. A reserva de mais de R$ 2 bilhões aponta para o amadurecimento do cenário nacional e sugere uma mudança na visão de empresas latino-americanas sobre criptoativos.
A listagem fortalece a adoção institucional em um país onde incertezas regulatórias e políticas ainda influenciam o ecossistema financeiro. Enquanto parlamentares de oposição debatem governança nas redes sociais, a discussão sobre ativos digitais como opção alternativa ganha destaque, mesmo sem ligação direta com a estreia da OranjeBTC.
A chegada da OranjeBTC pode inspirar outras empresas a adotar estratégias mais ousadas nas tesourarias e inovação financeira. O crescimento do papel corporativo do Bitcoin reforça o Brasil como centro relevante para blockchain e ativos digitais na América Latina.