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Nvidia lança placa de vídeo mais lenta na China devido a sansões dos EUA

2 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

Uma nova placa gráfica da Nvidia, lançada na China, chama a atenção por um detalhe curioso: ela é mais lenta que suas contrapartes no resto do mundo.

Isso ocorre porque a empresa precisa entrar em compliance com novas sansões dos EUA para o país asiático. Elas imporam limites às velocidades dos chips que podem ser exportados, mas apenas para a China.

EUA impõe sansões

A nova placa de vídeo 4090D da Nvidia está disponível no site da empresa na China. Ela é mais lenta que a RTX 4090, vendida no resto do mundo.

A 4090D possui menos núcleos CUDA que a RTX 4090 – 14.592 contra 16.384 – além de exigir 425W de energia contra 450W.

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As outras configurações são praticamente as mesmas, mas o porta-voz Benjamin Berraondo, da Nvidia, confirmou em e-mail ao The Verge que ela é “5% mais lenta em games e criação”.

A criação dessa versão do GPU ocorreu porque a Nvidia precisa estar de acordo com novas regras dos EUA que imporam sansões à exportação de chips de IA para a China. O país ocidental teme que seu rival no oriente o ultrapasse no desenvolvimento da tecnologia.

As primeiras restrições surgiram no final de julho. Conforme elas, as empresas interessadas em exportar seus produtos para a China deveriam se registrar antes.

Entretanto, as regras precisaram ser revisadas em outubro para tapar um loophole: cidadãos chineses ou pessoas ligadas a eles e que viviam fora da China estavam comprando os GPUs e os mandando para o país em seguida.

China sufocada?

Os Estados Unidos e a China se tornaram rivais no mercado de tecnologia nos últimos anos. O país asiático tem uma postura agressiva no desenvolvimento de novas tecnologias, o que preocupa os EUA.

Um dos medos é que a China desenvolva, por exemplo, uma ferramenta de IA capaz de interferir com os sistemas de defesa dos EUA, usando tecnologia importada do próprio país.

Nesse caso, é de se esperar que os EUA queiram ter tecnologia de defesa avançada o suficiente para impedir ataques antes de arriscar as exportações novamente.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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