Voltar

Nvidia lança placa de vídeo mais lenta na China devido a sansões dos EUA

sameAuthor avatar

Escrito e editado por
Júlia V. Kurtz

30 dezembro 2023 10:00 BRT
Trusted

Uma nova placa gráfica da Nvidia, lançada na China, chama a atenção por um detalhe curioso: ela é mais lenta que suas contrapartes no resto do mundo.

Isso ocorre porque a empresa precisa entrar em compliance com novas sansões dos EUA para o país asiático. Elas imporam limites às velocidades dos chips que podem ser exportados, mas apenas para a China.

EUA impõe sansões

A nova placa de vídeo 4090D da Nvidia está disponível no site da empresa na China. Ela é mais lenta que a RTX 4090, vendida no resto do mundo.

Sponsored
Sponsored

A 4090D possui menos núcleos CUDA que a RTX 4090 – 14.592 contra 16.384 – além de exigir 425W de energia contra 450W.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

As outras configurações são praticamente as mesmas, mas o porta-voz Benjamin Berraondo, da Nvidia, confirmou em e-mail ao The Verge que ela é “5% mais lenta em games e criação”.

A criação dessa versão do GPU ocorreu porque a Nvidia precisa estar de acordo com novas regras dos EUA que imporam sansões à exportação de chips de IA para a China. O país ocidental teme que seu rival no oriente o ultrapasse no desenvolvimento da tecnologia.

As primeiras restrições surgiram no final de julho. Conforme elas, as empresas interessadas em exportar seus produtos para a China deveriam se registrar antes.

Entretanto, as regras precisaram ser revisadas em outubro para tapar um loophole: cidadãos chineses ou pessoas ligadas a eles e que viviam fora da China estavam comprando os GPUs e os mandando para o país em seguida.

China sufocada?

Os Estados Unidos e a China se tornaram rivais no mercado de tecnologia nos últimos anos. O país asiático tem uma postura agressiva no desenvolvimento de novas tecnologias, o que preocupa os EUA.

Um dos medos é que a China desenvolva, por exemplo, uma ferramenta de IA capaz de interferir com os sistemas de defesa dos EUA, usando tecnologia importada do próprio país.

Nesse caso, é de se esperar que os EUA queiram ter tecnologia de defesa avançada o suficiente para impedir ataques antes de arriscar as exportações novamente.

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.