Um relatório da empresa de criptomoedas argentina Lemon revelou que o número de usuários de criptomoedas na América Latina aumentou em comparação com 2023. Conforme dados da empresa, esse número aumentou 12%.
O estudo foca no uso de criptomoedas na Argentina. Naquele país estão 4 entre cada 10 usuários que usam aplicativos cripto da região.
Cresce número de usuários cripto na América Latina
Ainda de acordo com a Lemon, em 2023, havia 55 milhões de usuários de criptomoedas na América Latina. Além disso, na Argentina, a população baixou aplicativos cripto mais de 2 milhões de vezes no primeiro semestre de 2024.
Os apps mais baixados no país são a própria Lemon e a Binance. Juntos, eles representam mais de 75% das sessões da região.
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A Lemon também revelou que houve uma grande compra de Bitcoin em seu app no dia 5 de agosto. Esse foi o dia em que o BTC despencou, levando consigo o mercado cripto em geral, um evento do qual o setor ainda não se recuperou. Naquele dia, a empresa registrou 706.000 ordens de compra.
Região não seguiu tendência de queda
A Lemon aponta que o crescimento do número de usuários cripto estagnou no período entre 2022 e 2023. Isto ocorreu devido ao inverno cripto que ocorreu nesta época. Entretanto, a queda na América Latina foi menor que a de outras regiões.
Para a empresa, isso ocorreu porque a população destas duas áreas usa criptomoedas de forma diferente. Enquanto nos EUA, por exemplo, usa-se o mercado cripto de forma mais especulativa, por aqui ele é visto como uma forma de reserva de valor.
Por exemplo, as transações em stablecoins representam cerca de 50% de volume nos EUA. Entretanto, esse valor é de até 80% em certos países da América Latina.
“Na América Latina, (…) a adoção de criptomoedas surge da necessidade de economizar e manter valor como forma de evitar os efeitos da desvalorização de moedas locais”, diz a empresa.
Em seguida, a empresa prevê que os mercados financeiros – incluindo a indústria cripto – deverão ter bons anos em 2024 e 2025. Para a Lemon, isso deve ocorrer devido, principalmente, à queda das taxas de juros nos EUA.
“As taxas de juros têm um papel crucial na economia uma vez que elas essencialmente determinam o custo do dinheiro. Quando o Fed baixa as taxas, ele está basicamente baixando o custo do dinheiro. Isso significa que pegar empréstimos fica mais barato e geralmente se observa um aumento em investimentos e gastos”, disse a Lemon.
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