A fintech brasileira Nubank pode estar próxima de abrir capital na bolsa.
Fontes ligadas ao banco digital Nubank confidenciaram à Reuters que a fintech já começou os preparativos para uma listagem no mercado de ações nos Estados Unidos ainda em 2021.
A expectativa é que o banco se torne uma das mais maiores listagens de uma empresa sul-americana.
O Nubank foi avaliado em US$ 25 bilhões em uma rodada de captação feita em janeiro. Já em março, o banco divulgou que teve um prejuízo de R$ 230 milhões em 2020, um resultado 26% melhor que a perda de R$ 312 milhões no período anterior.
Na época, o CFO do banco, Guilherme Lago, afirmou que o prejuízo é uma estratégia deliberada:
“Mas por que o Nubank continua dando prejuízo? Já explicamos, mas é sempre bom reforçar: o prejuízo é uma decisão de negócio. Escolhemos, agora, seguir investindo a margem que geramos em times, serviços e produtos, em vez de já realizar lucro. Podemos gerar lucro a qualquer hora, mas, neste estágio da nossa empresa, queremos seguir crescendo junto com os nossos clientes.”
Com 33 milhões de clientes, o Nubank já é o quarto maior banco do Brasil, atrás apenas de Itaú Unibanco, Bradesco e Santander.
A revelação ocorre poucos meses após uma entrevista do CEO e co-fundador da Fintech, David Vélez, à Exame Invest, na qual ele afirma que ter um IPO não está nos planos da empresa porque pode afetar as estratégias a longo prazo.
“Para os empregados, temos uma política de restricted stock (modalidade de remuneração com ações) muito abrangente. E tentamos dar liquidez para eles durante o ano com investidores que compram os papéis. Ou seja, não temos razão para sermos públicos ou fazer um IPO. É um custo muito alto. Neste momento, faz muito sentido continuar a ser uma empresa privada, ainda mais se existe capital privado disponível.”
O Nubank não é a única fintech a se arriscar no mercado de ações nos últimos tempos. Ainda em abril, a exchange Coinbase abriu capital nos EUA e chegou a atingir por um momento US$ 100 bilhões em valor de mercado. O CEO e os primeiros investidores embolsaram cerca de US$ 5 bilhões apenas no primeiro dia de negociações.
Fundado em 2013, o Nubank se tornou conhecido por ter um único produto em seus primeiros anos – o cartão de crédito. Nos últimos meses, a fintech brasileira expandiu sua oferta de produtos e passou a oferecer de seguro de vida a fundos de investimentos, na esteira da aquisição da plataforma Easynvest.
Além disso, nos bastidores, comenta-se que o Nubank estaria na mira da Visa para estabelecer uma parceria que permitiria a ele e outros bancos digitais comercializarem criptomoedas.
No entanto, por ora, a fintech sequer mostra intenção de comercializar o ETF da Hashdex que abre negociações na B3 na segunda-feira (26).
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