A Netflix não deseja firmar parceria com empresas relacionadas a criptomoedas para o seu novo modelo de assinatura, segundo jornal da Austrália.
Assim como outras big techs, a gigante do streaming e do cinema foi fortemente impactada pelo atual período de recessão econômica global. Sua “crise” se tornou pública após a divulgação de seus resultados do segundo trimestre, onde foi relatado a perda de quase 1 milhão de assinantes ao redor do mundo.
Apesar de boa parte dessas baixas serem de usuários russos devido a guerra contra a Ucrânia, a Netflix projetou perdas ainda maiores para o restante do ano, amedrontando seus investidores. Como consequência, o preço de suas ações acumula uma desvalorização de 65% em comparação com setembro do ano passado.
Visando aumentar sua clientela e suas receitas, a empresa estuda lançar um novo modelo de assinatura, onde o valor cobrado seria menor. Em contrapartida, os assinantes seriam expostos a conteúdos publicitários. Ao que tudo indica, uma versão teste desta opção estará disponível na Austrália ainda este ano. Apesar do país não proibir anúncios relacionadas a criptomoedas, a Netflix deseja se afastar dessa indústria, segundo a mídia local.
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Netflix evita anúncios cripto
De acordo com o The Sydney Morning Herald, a Netflix está em discussão com diversos anunciantes australianos para lançar conteúdos de publicidade em sua plataforma. No entanto, nem todas as modalidades de negócios estarão aptas para exibir seus produtos ou serviços na gigante do streaming.
Conteúdos relacionados a criptomoedas, jogos de azar ou de cunho político estariam fora de questão.. A companhia também estuda excluir de sua lista de anunciantes empresas do ramo farmacêutico.
Se isso se confirmar, a Netflix irá em direção contrária a diversas empresas e setores que estão cada vez mais abertos à publicidade cripto, como franquias e ligas esportivas, por exemplo. Uma das principais razões para isso pode ser o receio de um eventual levante regulatório. Assim como a maioria dos países, a Austrália ainda discute uma regulamentação cripto, não sendo clara todas as diretrizes que devem ser impostas em relação a este mercado.
Outro motivo pode estar ligado ao desejo de não se vincular a possíveis anúncios que coloquem em riscos seus assinantes. A Meta, por exemplo, tem sido criticada desde que voltou a permitir anúncios cripto no Facebook. No começo deste ano, um dos homens mais ricos da Austrália processou a companhia, alegando que ela não estava fazendo o suficiente para impedir que golpes cripto vinculados a sua imagem fossem aplicados na rede social.
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