Nagro tokeniza captação para setor que movimenta mais de ¼ do PIB

A Nagro anunciou nesta segunda-feira (24) que ultrapassou a marca de 600 operações de tokenização, viabilizando novas formas de financiamento para o setor agropecuário. A empresa, que utiliza a tecnologia blockchain, vem promovendo maior inclusão financeira e diversificação das fontes de crédito no campo.

Tokenização aumenta renda e potencializa produtividade

Com essa abordagem inovadora, a Nagro fortalece sua presença tanto no Brasil quanto no exterior, atraindo mais produtores para seu ecossistema. Segundo Leonardo Rodovalho, COO e cofundador da empresa, a tokenização não apenas amplia o acesso ao crédito, mas também potencializa a produtividade e a renda dos agricultores.

A descentralização proporcionada pela tokenização gera mais transparência e segurança para as operações financeiras. Além disso, essa tecnologia abre espaço para novos modelos de negócio e facilita a globalização das transações, explica Rodovalho.

Nagro permite investimentos no agro a partir de R$ 25

O modelo de captação da Nagro permite investimentos no agronegócio a partir de R$ 25, tornando acessíveis oportunidades que antes eram restritas a grandes instituições financeiras. Por meio de tokens vinculados a ativos agropecuários, os investidores podem aplicar diretamente no setor, reduzindo, por exemplo, a dependência de crédito tradicional. Assim também fomentam a concorrência.

Fui pessoalmente no prédio da Nagro em Uberlândia – MG e vi que tudo existe. Para mim deu tudo certo, sempre que eu preciso eu pego dinheiro na Nagro. É rápido e sem burocracia, diz a produtora rural de Prata em Minas Gerais.

Para os agricultores, isso significa mais flexibilidade e melhores condições de financiamento. Já para os investidores, há o benefício da liquidez e a diversificação da carteira de ativos, ampliando suas perspectivas de retorno.

Crescimento do mercado de ativos tokenizados

Um relatório da Boston Consulting Group (BCG) projeta que o mercado global de ativos tokenizados pode alcançar US$ 16 trilhões até 2030. Outras estimativas chegam a US$ 33 trilhões nos mesmos cinco anos. Em 2025, espera-se que setores como imóveis, títulos de dívida, ações e commodities tokenizadas estejam ainda mais acessíveis, aumentando a liquidez de mercados tradicionalmente rígidos.

A tokenização também reduz riscos de inadimplência e melhora as condições de financiamento para o agronegócio. “Ao conectar o produtor ao mercado de capitais de forma mais direta e eficiente, essa inovação transforma a mentalidade do setor, incentivando investimentos sustentáveis e de longo prazo”, detalha Rodovalho.

Regulamentação e crescimento sustentável

A Resolução CVM 88, que estabelece diretrizes para ofertas de valores mobiliários via crowdfunding, tem acelerado a adoção da tokenização no setor agropecuário. A normativa reduz custos e burocracias, garantindo, principalmente, segurança jurídica tanto para investidores quanto para emissores.

Para que essa tecnologia alcance o máximo potencial, o setor ainda precisa evoluir.

A tokenização tem o poder de atrair investimentos internacionais e transformar commodities em ativos digitais negociáveis. No entanto, a adoção em larga escala depende da profissionalização da gestão e de uma maior compreensão sobre seus benefícios por parte dos produtores, pontua o executivo.

Com o avanço dessa inovação, o agronegócio brasileiro se posiciona como um dos principais mercados de investimento em blockchain, consolidando-se como uma referência global na modernização do setor. Afinal o setor é responsável por quase 30% do PIB brasileiro.

Luis Roberto, produtor rural de Perdizes (MG) com mais de cinco operações na plataforma diz que conheceu “a Nagro pelas redes sociais e peguei confiança conversando com o consultor. Graças a Deus consegui o crédito rápido e fácil. Usei para plantar a roça e produzir comida para o gado”.