O Ministério Público do Chile alertou à população sobre o uso crescente de criptomoedas por gangues criminosas, destacando o desafio de rastrear transações digitais e anunciando uma equipe especializada para combater o problema.
Segundo o promotor regional, Juan Castro Bekios, esse método está se tornando uma estratégia chave para escapar dos controles do sistema financeiro tradicional.
Gangues criminosas em ação
Durante operações contra essas organizações, as autoridades observaram uma diminuição na descoberta de grandes quantias em dinheiro. Consequentemente, essa mudança força os investigadores a redirecionarem seus esforços para rastrear transações digitais, uma área onde as criptomoedas apresentam desafios únicos.
Sua estrutura permite o uso de pseudônimos, mixers e carteiras anônimas. Dessa forma, isso cria um véu de privacidade que criminosos exploram para esconder lucros ilícitos de atividades como tráfico de drogas, fraude e extorsão.
Castro Bekios destacou que organizações criminosas venezuelanas estão entre as principais responsáveis pelo uso desses ativos digitais em suas operações. Em resposta a essa ameaça, o Escritório de Análise e Criminalidade Complexa formou uma equipe especial dedicada exclusivamente à investigação de criptoativos.
Essa equipe tem a tarefa de desvendar redes complexas e rastrear o fluxo de ativos digitais. Uma tarefa que não só combate o crime organizado, mas também reforça a legitimidade do sistema financeiro e demonstra que não há refúgio seguro para riqueza ilegal, nem mesmo no mundo digital.
O promotor enfatizou a importância de abordar o fenômeno com uma visão estratégica e colaborativa, tanto nacional quanto internacionalmente.
Segundo suas declarações, a análise de ativos de criptomoedas é agora um pilar fundamental na luta contra o crime organizado. Assim, seu desenvolvimento representa um desafio crucial para as autoridades que buscam proteger a integridade econômica do país e enviar uma mensagem clara: o anonimato digital não é um escudo para a impunidade.
Situação no Brasil
No Brasil, o combate ao crime organizado também enfrenta desafios parecidos, especialmente no que diz respeito a crimes digitais. Recentemente, o deputado federal Paulo Litro (PSD-PR) apresentou o Projeto de Lei nº 4658/24, que busca endurecer as penas para crimes virtuais, como fraudes, difamações e disseminação de conteúdos ilegais.
A proposta, além disso, prevê alterações no Código Penal Brasileiro, ampliando as circunstâncias que agravam as penas para infrações cometidas no meio digital. Segundo o parlamentar, essas mudanças são necessárias para adaptar a legislação à nova realidade tecnológica, marcada pelo aumento expressivo de crimes cibernéticos no país.
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