Após quatro aumentos consecutivos, a dificuldade de mineração do Bitcoin (BTC) atingiu uma nova máxima histórica neste semana.
Dados do BTC.com mostram que a dificuldade de mineração da maior criptomoeda do mundo atingiu um novo recorde de 32,05 trilhões de hashes após o bloco 753.984 ser validado. Esse número representa um salto de 3,45% em relação ao nível registrado anteriormente.
Lembrando que a dificuldade de mineração refere-se à complexidade do processo usado para validar as transações feitas na blockchain Bitcoin. Esse taxa varia conforme o nível de atividade da rede, afim de ajustar automaticamente o tempo necessário para a mineração de um novo bloco para 10 minutos. Novos ajustes ocorrem a cada 2.016 blocos minerados, algo em torno de duas semanas.
Mineração em alta
A dificuldade de mineração vem subindo desde a última semana de julho. Paralelamente, a taxa de hash (hashrate) também está em tendência de alta, atingindo novos recordes. Vale lembrar que este indicador mede o poder de processamento total usado pelos computadores que estão minerando BTC.
Esses aumentos mostram que os mineradores da criptomoeda estão intensificando ainda mais as suas atividades. De fato, mesmo com as dificuldades impostas pelas quedas de preço do Bitcoin, grandes empresas de mineração estão aproveitando a desvalorização de preço das GPUs e demais equipamentos computacionais para expandir suas operações.
Além disso, o alívio das ondas de calor que atingiram o hemisfério norte nas últimas semanas pode ter contribuído para o alto fluxo de mineração. Em agosto, mineradores do Texas – um dos maiores polos de mineração nos EUA – precisaram suspender suas atividades para evitar que a rede de energia do estado ficasse sobrecarregada.
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Mineradores seguem despejando BTC
Apesar da mineração do Bitcoin estar em alta, os principais players do setor seguem precisando vender as criptomoedas mineradas para cobrir seus custos operacionais. Dados mostram que agosto registrou o quarto mês consecutivo de fluxos negativos dos mineradores.
Somente em agosto, eles precisaram vender 21,3 mil BTC, cerca de US$ 426 milhões pela cotação atual, a mais do que receberam por validarem os blocos da rede. No ano, o único mês onde as grandes empresas do segmento tiveram um saldo positivo foi em abril, segundo o último Relatório de Ativos da CryptoCompare.
Apesar dos números gerarem preocupações em torno do preço da criptomoeda, visto que novos despejos podem aumentar a pressão de venda no mercado, eles podem ser interpretados como mais um sinal de que o ativo já atingiu um fundo de preço. Afinal, os mineradores precisam ter lucro para continuar desempenhando suas atividades, mantendo assim a rede do BTC segura.
Além disso, eles mostram que a mineração do Bitcoin, que usa o tão criticado método de consenso de prova de trabalho (PoW), segue firme e forte, em meio ao The Merge do Ethereum (ETH). Nas últimas semanas, muitos defenderam a ideia de que a rede do BTC tivesse que seguir os passos da rede do ETH para se manter sustentável e eficiente no longo prazo.
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