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Mineração de Bitcoin consome até 2,3% da eletricidade dos EUA, diz EIA

3 mins
Atualizado por Thiago Barboza

EM RESUMO

  • Agência de Energia dos Estados Unidos (EIA) informou que a mineração de Bitcoin consome de 0,6% até 2,3% da eletricidade de todo país.
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A Agência de Energia dos Estados Unidos (EIA) informou que a mineração de Bitcoin consome de 0,6% até 2,3% da eletricidade de todo país. Segundo o último relatório da EIA, o uso massivo de energia para atividade chamou a atenção de autoridades, agências governamentais e especialistas do setor de energia.

As preocupações incluem picos de demanda que pode impulsionar a alta de preços, custos maiores e emissões de dióxido de carbono, relacionados a energia.

Entre os principais desafios citados para rastrear o uso da eletricidade para minerar criptomoedas, estão a “dificuldade de identificar a atividade entre milhões de clientes finais dos EUA e a natureza dinâmica do mercado cripto, onde os ativos de mineração podem ser transferidos rapidamente para locais com preços de eletricidade mais baixos.

Com uso de dados o Cambridge Centre for Alternative Finance, esta é a primeira vez que a EIA divulga o consumo de energia usado para minerar Bitcoin no território americano. Agora a agência planeja divulgar esses dados de consumo de mineração até julho de 2024.

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Mais de 135 instalações para minerar identificadas

A Agência de Energia dos Estados Unidos (EIA) identificou 137 instalações que mineram criptomoedas. Destas a EIA encontrou localidades e a capacidade de mineração de 52 instalações. Esses polos de mineração foram encontrados em 21 estados, a maioria no Texas, Geórgia e Nova York.

Vale lembrar que o Texas já até mudou a legislação do estado para suprir a demanda de novos mineradores.

“Das 137 instalações identificadas, identificamos o uso máximo de eletricidade em 101 dessas instalações, que estimamos ser de 10.275 MW. Este montante compara-se com uma procura média anual de energia de cerca de 450.000 MW nos Estados Unidos, representando uma quota de 2,3%.”

Mineração de bitcoin consome até 2,3% da eletricidade dos EUA, diz EIA
Fonte de dados: Administração de Informações de Energia dos EUA
Nota: O tamanho representativo mostrado para uma instalação é baseado em estimativas contidas em nossa abordagem ascendente. 
O número entre parênteses representa o número de instalações.

Conforme a Agência, na prática, as instalações de mineração de criptomoedas frequentemente funcionam abaixo da capacidade máxima projetada. Embora as unidades de mineração de criptomoedas tendam a funcionar com uma alta taxa de utilização, não foram coletados dados para fornecer uma estimativa bem fundamentada. 

“Se supormos que operam com 80% de utilização, uma estimativa aproximada baseada em informações que recebemos de algumas instalações, dos 10.275 MW de capacidade que os suportam, o seu consumo de eletricidade seria de cerca de 70 TWh por ano, ou perto de o limite superior do intervalo em nossa estimativa.”

Interesse na mineração de criptomoedas

Embora a mineração de criptomoedas tenha começado nos Estados Unidos há cerca de uma década, a atividade começou a se expandir rapidamente em 2019, justifica o relatório.

O crescimento recente se deve na maioria à mudança das operações de mineração de criptomoedas da China para os Estados Unidos, depois que esse país reprimiu a mineração de moeda digital em 2021. Embora os relatórios indiquem que ainda pode haver alguma mineração na China, diz a EIA.

Vários membros do Congresso americano enviaram pedidos ao Secretário da Energia dos EUA em novembro de 2022 e fevereiro de 2023, para entender os efeitos da mineração de criptomoedas no setor de energia e nas emissões de CO2 relacionadas. 

Os parlamentares pedem um “regime de divulgação obrigatória” em relação às emissões e ao uso de energia pelos mineradores de criptomoedas.

 A North American Electric Reliability Corporation (NERC) indica na sua mais recente avaliação de fiabilidade a longo prazo que “devido às características únicas das operações associadas à mineração de criptomoedas, o crescimento potencial pode ter um efeito significativo nas projeções de procura e recursos, bem como operações do sistema.” 

Como prova, o Conselho de Confiabilidade Elétrica do Texas (ERCOT) tem 41 gigawatts (GW) de solicitações de nova capacidade de mineração de criptomoedas, para os quais foram aprovados 9 GW de estudos de planejamento, conforme o NERC.

Próximos passos

Com o crescimento acelerado a atividade de mineração, a EIA diz que vai acompanhar de perto a evolução com coleta de dados, estudos e pesquisas obrigatórias focadas na avaliação do consumo de eletricidade associado à atividade de mineração de criptomoedas.

Mineração de bitcoin consome até 2,3% da eletricidade dos EUA, diz EIA
Fonte de dados: Administração de Informações de Energia dos EUA
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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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