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Microsoft, OpenAI e big techs se unem para combater deepfakes de desinformação política

2 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

O uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) para gerar desinformação política está preocupando as big techs. Assim, várias delas decidiram se unir para combater conteúdo malicioso.

O objetivo é adotar um framework conjunto para responder a deepfakes criados por IA com o objetivo de enganar eleitores.

Big techs contra fraudes eleitorais

Para isso, as empresas assinaram um acordo de cooperação na sexta-feira (16), durante a Conferência de Segurança de Monique. A lista inclui, por exemplo, gigantes como a Meta, Google, Amazon, Adobe e IBM, além de startups de IA como a OpenAI e a Anthropic.

Também fazem parte empresas de segurança com ao McAfee e a TrendMicro e redes sociais como o TikTok, o Snap e, quem diria, o Twitter (X).

O acordo prevê que as empresas usarão recursos para detectar deepfakes políticos criados ou distribuídos em suas plataformas. Eles também devem compartilhar as melhores práticas de detecção e prestar atenção no contexto ao lidar com esses deepfakes, com o objetivo de “resguardar a expressão educacional, documental, artística, satírica e política” ao mesmo tempo em que mantém a transparência.

“Não há como o setor de tecnologia proteger eleições sozinho deste novo tipo de abuso eleitoral. Conforme visamos o futuro, parece que aqueles de nós que trabalham na Microsoft também precisarão de novas formas de agir. É claro que a proteção das eleições vai requisitar que nós trabalhemos juntos”, disse o vice-diretor e presidente da Microsoft, Brad Smith.

Vem aí a desinformação!

A preocupação sobre o uso de IA para espalhar desinformação na política não é nova. Entretanto, ela se acirrou em 2024, frente aos avanços da tecnologia e à iminente eleição presidencial nos EUA.

A OpenAI, por exemplo, proibiu o uso de seus modelos de linguagem, como o ChatGPT, para a criação de conteúdo político falso. Mesmo assim, a empresa sabe que alterar a política de uso pouco faz para dissuadir criminosos.

Na verdade, as empresas não cogitam mais se a IA será usada para a criação de deepfakes eleitorais. Todas sabem que é apenas questão de tempo até que novas peças falsas surjam.

Enquanto isso, a reação de plataformas à divulgação de deepfakes ainda carece. O Twitter (X), por exemplo, sofreu com a proliferação de deepfakes pornográficos de Taylor Swift em janeiro de 2024. A resposta do microblog foi extremamente lenta, removendo o conteúdo horas após sua postagem original, depois de usuários terem tempo suficiente para copiar os vídeos e republicá-los em outras contas.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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