Atualmente, é impossível discutir a indústria de cripto sem falar sobre NFTs. Os tokens não fungíveis foram integrados a muitos setores importantes nos últimos dois anos, incluindo música, artes, esportes e games.
O mercado NFT
De famosos, como Paris Hilton, Katy Parry e Grimes, figurinhas digitais da Copa América de 2021 e da liga espanhola, cliques marcantes do NBA Topshot, game de corrida de cavalos da NASCAR a coleções de moda da Dolce & Gabbana, todos mergulharam no frenesi dos tokens não fungíveis (NFT).
Por isso, o volume de transações nos mercados NFT não dá sinais de arrefecimento, contando atualmente com uma capitalização de mercado de US$ 15,7 bilhões.
O crescimento desse ecossistema não para de surpreender, com novos casos de uso surgindo a cada minuto.
No trimestre de 2021, praticamente todas as indústrias estão embargando no espaço que, através do blockchain, possibilitou o alcance e acesso de muitos modelos de negócios a novos mercados.
Mas, antes de entendermos como esse boom dos NFTs resultou no metaverso, é preciso entender para onde estamos caminhando.
Metaverso como evolução geracional da internet
Imagine um mundo onde você pode sentar no mesmo sofá que um amigo que mora a milhares de quilômetros de distância, ou imaginar uma versão virtual do seu local de trabalho enquanto está na praia.
Bem vindo ao metaverso, um termo que foi cunhado por Neal Stephenson, em seu romance “Snow Crash“, de 1992, onde as pessoas usam fones de ouvido de realidade virtual para interagir dentro de um mundo digital semelhante a um jogo.
O conceito de metaverso, contudo, surgiu no final da década de 70 e início dos anos 80, quando membros da comunidade tecnológica já anteviam uma Era Exponencial, um estado futuro sucessor da a Internet, que chamaram de “metaverso”.
Neste futuro, apenas imaginário à época, a transformação da sociedade seria tão profunda que revolucionaria não apenas o mundo digital, mas também grande parte do mundo real.
O tempo passou e mundos virtuais surgiram, mas demorou para descobrir como este Metaverso seria viabilizado.
NFT e Metaverso: o casamento perfeito.
Foi usando o blockchain para potencializar os NFTs, transformando os tokens não fungíveis realmente em um ativo único em meio digital, que essa visão de futuro, as possibilidades do metaverso, tornou-se realmente ilimitada.
Enquanto muitos viam os tokens não fungíveis como moda passageira, os líderes da indústria digital perceberam que, graças aos NFTs, finalmente haviam encontrado a peça que faltava para a criação de um “metaverso funcional”.
Um metaverso totalmente funcional é aquele com potencial de alterar fundamentalmente a forma como as pessoas interagem com o mundo digital e o transcendem, fundindo-o como o mundo real.
É uma verdadeira experiência virtual coletiva, capaz de reinventar não só a indústria criativa, abrindo novas portas para criadores, jogadores e artistas, mas também proporcionando que o mundo físico se integre ao mundo digital, levando-nos, nas palavras de Matthew Ball, a “uma espécie de sucessor da internet móvel”.
Qual o papel do DeFi nos metarversos viabilizados por NFTs?
Nos últimos meses, grandes marcas de consumo, além de criarem seus próprios NFTs, lançaram seus novos produtos em metaversos.
A Coca Cola, por exemplo, criou recentemente seus próprios NFTs, incluindo uma jaqueta vestível para avatars no metaverso Decentraland, explorando o que o presidente global da marca, Selman Careaga, definiu como um entusiasmo em compartilhar os primeiros NFTs da marca com o metaverso, “onde novas amizades estão sendo formadas de novas maneiras em novos mundos”.
Note que, embora o envolvimento de marcas de consumo globais via NFTs – em vez de videogames, esporte, música e arte – não seja bem vindo na comunidade dos metaversos, esta tendência confirma a visão de futuro preconizada pelos pioneiros da era digital nos anos 1970, 1980.
O metaverso, como evolução geracional da Internet, transformando não só o mundo virtual, mas parte do mundo físico, cujos produtos e serviços também passariam a funcionar e a serem comercializados sobre sua plataforma.
É aqui que as finanças descentralizadas (DeFi) se encaixam, nesta nova economia que passaria a funcionar no metaverso; ou como já dizem alguns, no “Metaverso-Fi”.
E o que torna o DeFi tão atraente para a comunidade metaverso é o fato de as finanças descentralizadas serem automatizadas, sem qualquer intervenção de uma entidade central, em total consonância com o espírito da Web 3.
Possibilidades
O desenvolvimento dos metaversos ainda está em seus estágios iniciais, mas não há dúvidas de que veio para ficar.
A integração com NFTs tornou o metaverso uma das palavras chaves da moda, não só nas grandes marcas globais, mas em empresas de tecnologia que estão injetando milhões de dólares em seu desenvolvimento.
Em julho, o Facebook anunciou a criação de uma nova equipe para trabalhar na visão de Zuckerberg do metaverso, que, nos próximos cinco anos, pode levar a rede social a uma “transição de uma empresa de mídia social para uma empresa do metaverso”.
Nesse cenário, claramente o DeFi tem um papel fundamental no desenvolvimento do metaverso, junto com os NFTs, ao fornecer uma infraestrutura essencial para um padrão aberto, descentralizado, em plataformas interoperáveis.
Como você acha que o desevolvimento dos Metaversos se dará? Será dominada por empresas como o Facebook, ou seguirá o padrão dos fundamentos da Web 3?
Pense nisto até nosso próximo encontro.
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