A Metaplanet, sediada no Japão, revelou planos para injetar até US$ 5 bilhões em capital para novas compras de Bitcoin (BTC).
A medida representa uma ampliação expressiva da estratégia de tesouraria da companhia voltada ao BTC, enquanto a realocação das operações para os Estados Unidos indica uma mudança significativa de posicionamento.
Segundo comunicado oficial, o conselho de administração da empresa aprovou uma contribuição adicional de até US$ 5 bilhões para a Metaplanet Treasury Corp, sua subsidiária integral nos EUA, com sede na Flórida.
De acordo com o documento oficial, os fundos serão usados exclusivamente para adquirir mais Bitcoin. Não haverá alocações para operações, salários ou P&D.
A medida acelera significativamente o Plano 555 Milhões anteriormente anunciado pela empresa e reforça o objetivo da Metaplanet de deter 210 mil BTC até o final de 2027.
“Conforme anunciado no comunicado de 1º de maio de 2025… a empresa estabeleceu a Metaplanet Treasury Corporation para fortalecer suas operações globais de tesouraria de Bitcoin… Com a fase inicial de capitalização agora concluída com sucesso, a empresa está avançando para uma fase mais agressiva de expansão”, afirmou o documento da empresa .
Enquanto isso, esse desenvolvimento ocorre apenas um dia após a Metaplanet revelar que adquiriu mais 1.111 BTC, elevando seu total de Bitcoin para 11.111 BTC.

A empresa se tornou um símbolo da adoção corporativa agressiva de Bitcoin, após recentemente superar a Coinbase em volume de participações. Sua estratégia tem sido comparada ao plano de tesouraria da Strategy, mas com um foco internacional mais acentuado.
De Tóquio à Flórida: mudança jurisdicional busca maximizar eficiência de capital
Segundo a Metaplanet, a nova subsidiária nos Estados Unidos permitirá uma execução mais eficiente das aquisições de Bitcoin em grande escala.
“Os Estados Unidos, como principal centro financeiro global, oferecem condições ideais para a compra e gestão de Bitcoin em larga escala e de forma eficiente”, informou a companhia em comunicado.
A empresa também reafirmou que pretende financiar integralmente a injeção de capital por meio do exercício dos direitos de aquisição de ações das séries 20ª a 22ª. Esse mecanismo, semelhante a um warrant, permite a entrada de recursos previamente definidos conforme o preço das ações da companhia avança.
Analistas do setor classificam a iniciativa como uma forma de arbitragem regulatória. Adam Livingstone, entusiasta de Bitcoin, interpretou a movimentação como uma tentativa de aproveitar a liquidez profunda do sistema financeiro norte-americano, aliado a um ambiente regulatório mais favorável e infraestrutura de capital mais desenvolvida.
“A Metaplanet está ultrapassando os mercados de capitais restritos e as barreiras regulatórias do Japão… Tóquio continuará como o centro de pesquisa e desenvolvimento, enquanto os EUA assumem o papel de novo polo de captação de recursos e compras de BTC”, escreveu Livingstone em publicação recente.
Ao manter a destinação dos recursos, a empresa reforça sua tese centralizada no Bitcoin. A companhia vai direcionar todo o capital exclusivamente para novas aquisições do ativo.
“Os US$ 5 bilhões serão integralmente destinados à compra direta de Bitcoin. É um movimento extremamente otimista”, acrescentou Livingstone.
A Metaplanet projeta um impacto imediato limitado em suas finanças consolidadas no exercício fiscal atual. No entanto, acredita que os efeitos de longo prazo podem consolidar a companhia como uma das principais lideranças globais na integração do Bitcoin ao mercado de capitais.
Com capital já assegurado, clareza regulatória e 210 mil BTC em carteira, a empresa adota uma das estratégias corporativas mais ambiciosas da história do Bitcoin.
Em paralelo, a Fidelity também ampliou sua exposição. A companhia adicionou Bitcoin no valor de mais de US$ 105 milhões à sua tesouraria de cripto, junto com outros ativos digitais.
Analistas afirmam que isso é um forte sinal de confiança. As crescentes adoções corporativas de BTC apresentam a cripto pioneira como um refúgio seguro em meio à crescente tensão geopolítica.
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