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Mercado de criptomoedas é um “caminho sem volta”, diz diretor da CVM

2 mins
Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Alexandre Costa Rangel, diretor da CVM, se mostra otimista com o mercado de criptomoedas no Brasil.
  • Ele diz que esse mercado é "caminho sem volta" e o importante agora é avançar nas regulação.
  • A CVM "tem uma mente muito aberta para esse tipo de inovação”, afirma.
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Um diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirmou que a entidade está comprometida em ajudar no avanço do mercado das criptomoedas no Brasil. Para ele, os ativos digitais são “um caminho sem volta”.

Alexandre Costa Rangel, um dos diretores da CVM, falou nesta quarta-feira (24) sobre a nova era do mercado de capitais brasileiro e como era de se esperar, as criptomoedas não poderiam ficar de fora. 

A conversa, promovida pela casa de análise Empiricus e pela gestora Vitreo, se concentrou na entrada dos pequenos investidores no mercado de capitais, movimento que vem se intensificando nos últimos anos.

O número de brasileiros investindo na B3 saltou para 3,2 milhões em 2020, um aumento de 100% em relação ao ano anterior. O crescimento só perde pelo avanço no interesse pelo setor cripto. Só em fevereiro, o volume de criptomoedas negociadas no país foi nove vezes maior que no mesmo mês de 2020. 

Um caminho sem volta 

O diretor do órgão responsável por regular o mercado de capitais no país afirma que o avanço das criptomoedas já é “um caminho sem volta”.

Diferentemente de outros governos ao redor do mundo, que caminham para a criminalização do bitcoin, como a Índia, por exemplo, esse cenário dificilmente se repetiria no Brasil.

Para Alexandre Rangel, “não adianta ficar remando contra, a discussão é outra: como regular”.

“Eu acho que os reguladores ao redor do mundo tem um espaço muito bacana para preencher. Mas sem um peso que inviabilize o mercado, para que o remédio não se confunda com o veneno.”

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Dessa forma, o diretor da CVM defende que exista “uma regulação adequada que estimule o mercado que já é uma realidade”. Segundo ele, a CVM “tem uma mente muito aberta para esse tipo de inovação”.

Recentemente, a autarquia autorizou o lançamento na bolsa brasileira de dois ETFs de criptomoedas. O novo produto promete alavancar ainda mais a adoção das criptomoedas pelos investidores brasileiros. 

“Está muito claro que é um caminho sem volta. É um mercado que existe e que pode ser muito bem trabalhado na medida em que os reguladores de forma mundial compreendem que faz sentido ter algum tipo de regulação.”

Sandbox regulatório

Entre as ações da CVM para ajudar no avanço deste setor, Rangel cita o sandbox regulatório. Segundo ele, há diversos projetos do ambiente cripto sendo estudados de perto pelos reguladores da entidade. 

Neste programa, a CVM flexibiliza o regime regulatório para que os projetos testem livremente suas soluções. Posteriormente, novas regulações podem surgir dependendo das necessidades do mercado.

Por outro lado, ele não deixa de pontuar que as criptomoedas sofrem com uma volatilidade muito grande. Os investidores precisariam, portanto, estar conscientes dos riscos que enfrentam ao entrar neste mercado.

“Como o investidor enxerga aquela lâmina ou oportunidade de investimento, que no ano de 2020 estourou de lucratividade, que ele entenda também que aquilo pode valer zero daqui uma semana.”

Para trazer mais informações ao público sobre o mercado cripto, a CVM organiza, nesta sexta-feira (26), um painel exclusivo para falar sobre criptomoedas no Global Money Week.

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Saori Honorato
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
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