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Giro Cripto na América Latina: multa no Brasil, expansão da USDC no México e mais

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EM RESUMO

  • BeInCrypto apresenta um panorama completo das cripto notícias e tendências na América Latina.
  • A edição desta semana aborda a expansão do acesso ao USDC pela Circle nos sistemas de pagamento do Brasil e México, além de outras notícias importantes.
  • À medida que o cenário cripto na América Latina cresce, essas histórias destacam a crescente influência da região no mercado global.
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A América Latina (LATAM) está se tornando um ponto focal para avanços no mercado cripto, com ações regulatórias significativas e inovação tecnológica moldando a indústria digital da região.

O Brasil recentemente multou a X (anteriormente Twitter) por não cumprir ordens judiciais. Simultaneamente, a Circle expandiu a disponibilidade de sua stablecoin USDC por meio dos sistemas de pagamento nacionais do Brasil e do México. Juntas, essas desenvolvimentos ilustram o ecossistema de cripto da região.

Circle Expande USDC nos Sistemas de Pagamento do Brasil e México

A stablecoin USDC da Circle deu um salto significativo para aprimorar os pagamentos transfronteiriços na América Latina ao integrar nos sistemas de pagamento nacionais Pix do Brasil e SPEI do México. Essa integração elimina a necessidade de transferências bancárias internacionais tradicionais, reduzindo drasticamente os tempos de transação de dias para minutos.

Uma vantagem chave dessa integração é que os usuários podem converter Reais brasileiros (BRL) e Pesos mexicanos (MXN) diretamente em USDC sem precisar converter primeiro para USD. Essa integração permite que as empresas economizem em taxas de câmbio e simplifica o comércio transfronteiriço. Com o comércio anual do México com os EUA de US$ 800 bilhões e o comércio relacionado aos EUA do Brasil de US$ 120 bilhões, a disponibilidade local do USDC beneficiará grandemente o comércio entre esses países e os EUA.

O USDC oferece ainda mais potencial para remessas. Os fluxos de remessas do México ultrapassaram US$ 63 bilhões em 2023, um aumento de 7% em relação a 2022. Com taxas de remessa médias de 6,35%, a stablecoin da Circle oferece uma maneira mais econômica de enviar dinheiro através das fronteiras.

Leia mais: O que é uma Stablecoin? Um Guia para Iniciantes

Integração da Lightning Network do Nubank e Foxbit: “Pix com Bitcoin”

O setor de tecnologia financeira do Brasil está ultrapassando os limites da inovação. Neste cenário, Nubank e Foxbit se destacam cada vez mais, anunciando nesta semana a integração a Lightning Network do Bitcoin. Em parceria com a Lightspark, agora é poss transferências de fiat mais rápidas por meio da solução layer 2 do Bitcoin, apelidada de “Pix com Bitcoin”. O sistema permite que os usuários enviem dinheiro usando a Lightning Network do Bitcoin como uma ponte entre o fiat tradicional e a criptomoeda, oferecendo transferências mais rápidas e eficientes.

“[A tecnologia] permite que mais de 100 milhões de clientes do Nubank acessem soluções que tornam suas vidas financeiras mais simples e eficientes por meio da Lightning, o que é algo único e nos deixa extremamente orgulhosos,” comentou David Marcus, CEO da Lightspark, sobre a parceria.

O protocolo Universal Money Address (UMA) simplifica esse processo ao permitir que os usuários registrem endereços de e-mail ou nomes como seu endereço de recebimento. Isso facilita para os clientes enviar pagamentos tanto em fiat quanto em cripto. Embora não seja exatamente igual ao sistema Pix do Brasil, a integração da Lightning Network com o UMA espelha a facilidade e eficiência do Pix.

Por enquanto, o serviço está disponível através da Ripio, mas planos para expandir para outras exchanges como a Foxbit já estão em andamento. Essa integração mostra ainda mais a adoção crescente do Bitcoin e outras criptomoedas na infraestrutura financeira do Brasil.

Brasil Multa X (Twitter) por desafiar ordens judiciais

A batalha regulatória do Brasil com a X esquento nesta semana após o Supremo Tribunal Federal multar a plataforma em R$ 5 milhões por dia por não cumprir ordens judiciais. O STF impôs uma multa à X por usar servidores de Content Delivery Network (CDN) para contornar um bloqueio judicial na plataforma. Eles consideraram essa ação uma violação da lei local.

“Portanto, não há dúvida de que a plataforma X – sob o comando direto de Elon Musk – pretende mais uma vez desrespeitar o Judiciário brasileiro, como a Anatel identificou a estratégia usada para desobedecer à ordem judicial emitida no processo, incluindo a sugestão de medidas a serem adotadas para manter a suspensão,” declarou o Ministro do Supremo Tribunal, Alexandre de Moraes.

Além das multas diárias, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) relatou que o X havia mudado sua infraestrutura de hospedagem para servidores da Cloudflare. Isso dificulta a aplicação do bloqueio ordenado pelo tribunal. A recusa da plataforma em cumprir a ordem judicial e nomear um representante legal no Brasil agravou ainda mais as tensões.

O BeInCrypto relatou que a proibição da X no Brasil poderia ter consequências significativas no mercado cripto. Dados da Statista indicam que o Brasil ocupa o sexto lugar entre os países com o maior número de usuários da X, com 21,48 milhões de usuários em abril de 2024.

Além disso, essa decisão poderia impactar a comunidade cripto do país. De acordo com uma pesquisa recente da CoinGecko, 34,4% dos traders e investidores de cripto dependem da X para suas necessidades de informação.

Fundo de Bitcoin de El Salvador fica aquém das expectativas do mercado cripto

A ousada incursão de El Salvador no Bitcoin está enfrentando desafios. A Agência de Gestão do Fundo de Bitcoin (AAB) do país ficou drasticamente aquém de suas metas financeiras para 2024. Esperava-se que a agência gerasse US$ 7,4 milhões entre janeiro e julho, mas reportou receitas de apenas US$ 235. Essa discrepância levantou preocupações sobre a sustentabilidade da estratégia de Bitcoin de El Salvador.

Apesar dos resultados decepcionantes, o governo salvadorenho injetou mais de US$ 11 milhões na agência. Esse montante supera em muito os US$ 700 mil originalmente alocados. Embora esse financiamento garanta a continuidade das operações da agência, críticos argumentam que depender de fundos públicos em vez de investimento privado poderia prejudicar o objetivo de longo prazo de El Salvador de se tornar um hub de Bitcoin.

Independentemente desse desenvolvimento, El Salvador continua consistente com sua estratégia de Dollar-Cost Averaging (DCA) para comprar um Bitcoin por dia. Dados do mempool do Escritório de Bitcoin mostram que o país possui aproximadamente 5,879 BTC até 20 de setembro.

Saldo atual de Bitcoin de El Salvador.
Saldo atual de Bitcoin de El Salvador. Fonte: Bitcoin Office

Stablecoin BRLA ganha popularidade à medida que o mercado cripto brasileiro se expande

BRLA Digital, a stablecoin lastreada pelo real brasileiro, está rapidamente se destacando como um ator chave no mercado cripto brasileiro. Com mais de US$ 100 milhões em transações desde seu lançamento em 2023, a BRLA tornou-se a stablecoin dominante atrelada ao real, oferecendo a empresas e indivíduos uma forma estável de transferir fundos.

“Com esse resultado, reforçamos nosso compromisso em oferecer uma solução estável e segura para transações no ecossistema cripto. Além disso, as empresas podem realizar transferências para ou do Brasil de forma mais fácil e conveniente através de suas contas,” disse Leandro Noel, co-fundador e COO da BRLA Digital.

Além disso, o sucesso da BRLA é amplamente atribuído à sua integração com exchanges descentralizadas (DEXs) e plataformas peer-to-peer, que possibilitaram uma adoção mais ampla. A capacidade da stablecoin de simplificar transferências entre reais brasileiros e criptomoedas tornou-a uma escolha popular no mercado cripto do Brasil.

Leia mais: Um Guia para as Melhores Stablecoins em 2024

Assim, à medida que a BRLA continua a crescer, seus fundadores planejam expandir ainda mais seu uso. Eles pretendem garantir que ela permaneça uma opção estável e segura para transações na dinâmica economia digital do Brasil.

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Luís De Magalhães
Jornalista com mais de 15 anos de experiência, Luís de Magalhães esteve à frente de coberturas de alto impacto nas áreas de finanças e política na principais TVs do Brasil, como Globo e Band. Além disso, construiu sólida trajetória em gestão de reputação corporativa e construção de marca para empresas da nova economia no Brasil, Argentina, México, Chile e Colômbia.
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