O número de empregos oferecidos para desenvolvedores das redes Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) triplicou nos últimos cinco anos. Procura por profissionais capazes de programar em outras blockchains também tem crescido.
De acordo com um estudo feito pela Electric Capital, empresa que já fez diversos investimentos em projetos da indústria cripto, o número de desenvolvedores atuantes neste mercado dobrou nos últimos dois anos.
Apesar de grandes exchanges e demais empresas realizarem demissões em massa durante o inverno cripto, 2022 fechou com mais de 23 mil desenvolvedores cripto em atuação. Em 2020, menos de 10 mil profissionais da área estavam empregados.
Mercado segue aquecido
As quedas de preço das criptomoedas e falências de diversas grandes empresas não foram capazes de diminuir a demanda por estes profissionais. De acordo com o relatório, tem havido um crescimento exponencial nas compilações mensais de desenvolvedores cripto.
Confirmações de códigos em criptomoedas de rede aberta ultrapassaram a marca mensal de 470 mil no ano passado. Além disso, mais de 60 mil programadores atuaram, seja de forma integral ou parcial, no desenvolvimento de códigos criptográficos – um novo recorde.
A rede Bitcoin, que em 2018 tinha menos de 400 desenvolvedores, hoje possui cerca de 1.000. Um aumento ainda maior foi observado no Ethereum, que saltou de 1.084 desenvolvedores cripto para 5.819.
Outras blockchains como Solana (SOL), Polkadot (DOT) e Polygon (MATIC) também registraram aumentos consideráveis. Nesse sentido, o relatório afirma que essas redes têm tido sucesso em atrair profissionais. Mais de 70% dos desenvolvedores cripto preferem trabalhar em blockchains menores do que nas redes Bitcoin e Ethereum.
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O que faz um desenvolvedor cripto?
Entre as principais funções de um desenvolvedor cripto, estão a de projetar os protocolos e demais projetos cripto baseados em uma blockchain, desenvolver uma arquitetura de rede capaz de centralizar ou descentralizar dados, criar formatos de back-end e front-end e desenvolver mecanismos de segurança contra possíveis hacks e explorações.
Por ser uma profissão relativamente nova, é difícil encontrar no meio acadêmico cursos e graduações que capacitem indivíduos a se tornarem bons profissionais. Dessa forma, programadores já atuantes no mercado de trabalho tradicional podem se sobressair, segundo João Gabriel.
Em entrevista ao site Regional, o head de tecnologia da Ideen afirma que “desenvolvedores web tradicionais, com bom raciocínio lógico podem utilizar de seus conhecimentos em linguagens de programação como Java, Javascript, Python e Solidity para seguir a carreira como desenvolvedor blockchain.”
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