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Média de criptomoedas cobradas em ataques ransomware já é 3x maior que 2019 e ultrapassa R$ 1 milhão

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Estudo indica que os ataques ransomware estão ficando mais sofisticados e caros
  • Em um ano, praticamente triplicou a quantidade de criptomoedas extorquidas
  • O Brasil está na mira e é o pais mais hackeado da América Latina
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Os ataques ransomware dominaram o noticiário brasileiro nos últimos meses, com grandes instituições públicas sendo hackeadas no país. A tendência é global, e ataques ransomware estão cada vez mais frequentes e caros.

Esse tipo de ataque é quando um hacker invade um sistema e criptografa todos os arquivos da rede. Para liberar de volta o acesso, eles exigem que as vítimas paguem o resgate com criptomoedas, como o bitcoin.

No entanto, esse tipo de ataque parece se sofisticar e ganhar novas tendências. As corporações de grande porte estão se tornando o alvo preferido dos hackers. Isso porque, além de criptografar a rede, os invasores focam agora em ameaçar tornar público informações sigilosas, caso o pagamento não seja feito.

É o indica o mais recente estudo da empresa de segurança cibernética,  Sophos. No relatório, especialistas analisam as principais ameaças identificadas esse ano. E não deixam dúvidas, os ataques ransomware estão dominando 2020. 

Mais caros e sofisticados

Conforme o estudo, a eficiência dos criminosos cibernéticos melhorou com o passar dos anos. Ataques que antes demoravam semanas para ser concluído, hoje leva poucas horas. Os hackers se organizaram em grupos, melhoraram suas tecnologias e modus operandi para que o estrago seja maior.

Neste momento, empresas como a Coveware entram para representar as vítimas e negociar com os invasores. Dados fornecidos pela companhia comprova que o aumento de ataques de maiores proporções impulsionou a média de criptomoedas cobradas por resgate.

ataques ransomware criptomoedas
Valores cobrados em resgates por trimestre. Fonte: Coveware

Só no terceiro trimestre deste ano, os valores cobrados pelos invasores ficou 21% mais caro. A quantia média de criptomoedas pedidas nos resgate foi de R$ 1,2 milhão.

O crescimento fica ainda mais escancarado quando comparamos com os valores do ano passado. Em 2019, a média cobrada era de R$ 449 mil. Assim, em menos de um ano, praticamente triplicou a quantidade de criptomoedas extorquidas.

Pagar ou não pagar, eis a questão

O relatório aponta ainda que às vezes o ataque acontece de forma tão rápida, que não há nada que possa ser feito por uma seguradora para contornar a situação. Assim sendo, fica na mão das vítimas decidir se paga as criptomoedas ou não.

Como noticiou o BeInCrypto, um caso recente que tomou grandes proporções esse mês foi a invasão no sistema da gigante de videogames, Capcom. A companhia não pagou os bitcoins que os hackers exigiram, e sofreu as consequências disso. 

Milhares de documentos que revelam detalhes sobre os produtos da empresa, como jogos que ainda não foram lançados, vieram a público. Além disso, dados confidenciais de sócios e clientes, foram compartilhados na dark web.

Brasil na mira dos hackers

Na América Latina, o Brasil é o país que mais sofre ataques de ransomware. Conforme dados da empresa de segurança Kaspersky, a região sofre 5 mil ataques de ransomware por dia.

Entre janeiro e setembro de 2020, foram 1,3 milhão de tentativas de invasões nos países latino-americanos, sendo que 46,7% de todos eles, tiveram como alvo o Brasil.

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Saori Honorato
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
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