Jogos independentes estão surgindo e sendo negociados sem permissão no novo marketplace NFT da GameStop. Mas a empresa não possui um sistema de checagem sobre os direitos do material que os vendedores disponibilizam.
Uma reportagem do site Ars Technica, publicada na semana passada, mostra que Ello lançou a coleção no marketplace da GameSpot sem autorização dos criadores. Ele afirma ter criado a coletânea de NFTs somente com títulos de código aberto que permitiam a outras pessoas o uso comercial.
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O responsável pela coleção NiFTy Arcade, Nathan Ello, estaria lucrando com a venda de jogos como Worm Nom Nom e Galactic Wars sem ter permissão para explorar os direitos comerciais sobre ambos.
Porém, na plataforma Itch.io na página de Worm Nom Nom está listada sua licença creative commons na qual especifica que sua engine só pode ser utilizada com a permissão dos criadores.
Depois de toda confusão Ello retirou a coleção do marketplace e ofereceu o lucro das vendas (algo em torno de US$ 55 mi) aos desenvolvedores.
Inconformados, os desenvolvedores disseram que essas ações chegam tarde demais. “Meu trabalho foi vendido com fins lucrativos sem meu consentimento”, disse o desenvolvedor de Breakout Hero, Kyrstian Majewski.
Ello está impedido de cunhar no marketplace NFT da GameStop até resolver os problemas de permissão, porém ainda há outro problema grave: os jogos NiFTy não podem ser removidos do blockchain e podem ser vendidos em outros mercados
Os NFTs são considerados uma evolução no direito de propriedade de um registro único na blockchain e, por isso, são frequentemente apontados como “benéficos” para artistas e criadores. Entretanto não é incomum casos de trabalhos que são mintados e vendidos sem a permissão dos criadores que frequentemente sequer ficam sabendo.
Há muitas obras de arte roubadas enviadas no OpenSea e os artistas têm problemas para derrubá-las devido ao grande volume de roubos e à falta de resposta da plataforma.
A GameStop ainda não se pronunciou oficialmente nem parece ter um projeto para aumentar a segurança, implementar um serviço de remoção ou triagem para detectar casos de roubo. A empresa também não respondeu ao pedido de comentário da Ars Technica.
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