O CEO da Tron (TRX), Justin Sun, acrescenta sua voz ao crescente coro de chefes de criptomoedas de olho nos ativos da FTX depois que a exchange entrou com um pedido de falência este mês.
Falando com repórteres, Sun confirmou que vários associados estavam investigando os ativos da FTX, mas admitiu que poderia levar algum tempo até que fossem leiloados.
Justin Sun se junta à Ripple entre os interessados
Justin Sun se tornou o segundo CEO cripto interessado nos ativos do extinto império de Sam Bankman-Fried. Antes da FTX declarar falência em 11 de novembro, o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, manifestou interesse em comprar as participações da exchange em outras empresas e seus negócios voltados para instituições. Mais tarde, ele admitiu que o pedido de falência da FTX complicaria o processo de aquisição.
A Ripple também estendeu ofertas de emprego a ex-funcionários da FTX, desde que não trabalhassem em setores como compliance, finanças ou ética. Antes de declarar falência, a exchange assinou um acordo com a Tron para ajudar os clientes a trocar os tokens TRX, BTT, JST, SUN e HT mantidos em sua plataforma por carteiras de autocustódia.
A história de Justin Sun
Justin Sun disse que o fracasso da FTX diminuirá o entusiasmo das criptomoedas nos Estados Unidos. O CEO da TRON tem uma caminhada histórica, começando quando ele escapou secretamente da proibição da China de ofertas iniciais de moedas em 2017 para ir para as praias ensolaradas de São Francisco, segundo um artigo de março de 2022 do The Verge. Sun já havia feito uma oferta inicial de moedas para o TRX anteriormente.
Mais tarde, ele co-investiu em uma exchange cripto Poloniex, juntando-se a investidores para comprar a empresa do emissor da stablecoin Circle. De acordo com o Verge, o software que sustenta o Poloniex foi escrito de maneira incomum. Alguns clientes depositaram Bitcoin em carteiras Tether, que os engenheiros descobriram mais tarde valendo cerca de US$ 20 milhões. Os fundos estavam escondidos no que o relatório chama de “fendas digitais”. Eles finalmente pousaram em uma carteira comunitária da exchange, relata o The Verge.
Embora Justin Sun supostamente tenha se referido às criptomoedas perdida como “meus 300 Bitcoins”, não há evidências de que o dinheiro tenha entrado em sua fortuna pessoal, que a Bloomberg informa que agora vale US$ 25 bilhões.
“É definitivamente um crime converter fundos de clientes para uso pessoal”, disse Andrew Verstein, professor da UCLA. No entanto, Justin Sun continua sendo uma figura controversa na indústria. Ele supostamente corrigiu a brecha entre ele e o Partido Comunista Chinês liderando uma iniciativa acadêmica sobre o desenvolvimento de blockchain.
Ao mesmo tempo, ele teria adquirido uma participação de 60% na Huobi, uma exchange de criptomoedas de US$ 300 milhões em movimentação diária com origens na China que lista a Sun como consultora. Ele manteve seu nome fora de qualquer acordo para evitar entrar em conflito com o governo chinês, disseram pessoas familiarizadas com os acontecimentos à Bloomberg. Sun negou as acusações.
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Bankman-Fried tenta resgatar seu império
O ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, pode enfrentar acusações criminais nos EUA depois que surgiram alegações de que ele emprestou fundos de clientes para a empresa irmã Alameda Research. SBF aparentemente está escondido em um bairro rico das Bahamas. A audiência de falência da exchange nos EUA começou em Delaware na terça-feira (22).
Ele está supostamente tentando arrecadar dinheiro para resgatar a FTX como um terceiro, já que não é mais o CEO da empresa. Após o pedido de falência, o experiente guru da Enron, John Ray, substituiu Bankman-Fried como líder da exchange.
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