Trusted

Justiça condena Binance após bloqueio de fundos de cliente

2 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

A Justiça de São Paulo condenou o braço brasileiro da Binance por litigância de má fé. Ela deve pagar uma multa a um cliente que alegou que a exchange teria bloqueado suas criptomoedas e dinheiro sem explicação.

Ao todo, a empresa deverá pagar cerca de R$ 120.000. O valor compreende às custas do processo (cerca de R$ 80.000), além da multa, que equivale a 9% sobre o valor da causa, ou seja, quase R$ 40.000.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

Binance perde processo

A 9ª Vara Cível do Foro Regional de Santana expediu a sentença na sexta-feira (19). O caso envolve um cliente da Binance que acionou a Justiça, alegando que a exchange teria bloqueado seus ativos sem explicação.

Conforme os autos, a Binance teria desbloqueado os valores assim que recebeu a citação. O autor do processo, em seguida, pediu seu encerramento.

Entretanto, o autor não juntou ao processo as provas do desbloqueio. A exchange, em seguida, alegou que a conta e o dinheiro sempre estiveram bloqueados, pedindo, por isso, que o autor pagasse os honorários e as custas processuais.

“Em um primeiro momento, a sentença é clara e precisa sobre a declaração do direito, de acordo com o que havia nos autos. Ou seja, de um lado, o autor trouxe uma informação, mas não juntou os documentos comprobatórios, e, de outro, a ré afirmou categoricamente que essa informação não correspondia à verdade”, disse o juiz Clovis Ricardo de Toledo Junior.

O juiz, assim, condenou o autor a pagar estes valores. Mas seu advogado, Raphael Souza, comprovou que a ré informou ao autor que ele teria permissão para sacar seus ativos e, depois, mudado de versão.

“Faltar com a verdade em um processo é uma transgressão grave. Tal conduta é passível de punição severa estabelecida por lei, como a pena por litigância de má-fé ou assédio processual. Portanto, é imperativo que a parte que mente em busca de alguma vantagem seja devidamente responsabilizada, em nome da Justiça”, diz Souza.

“Embora, a princípio, a ré estivesse no direito de não permitir a recuperação dos recursos pelo autor diante dos termos contratuais, houve, no curso do processo, a recuperação dos valores pelo autor, não se sabendo ao certo a razão disso, uma vez que a explicação das rés refere-se apenas à decisão do setor de compliance das empresas e não a qualquer mudança na investigação feita na Austrália, acrescenta Toledo Junior.

O juiz finaliza: “É certo que o autor não juntou documentos quando fez o pedido de desistência, mas as rés estavam obrigadas, por lei e boa-fé, a confirmarem a informação, desde que verdadeira, e isso não aconteceu”.

“A Binance não comenta processos em andamento, mas reforça que segurança é prioridade, que possui o programa de compliance mais robusto do setor de fintech, cujos padrões todos os usuários da plataforma precisam seguir, e que a empresa atua sempre em total colaboração com as autoridades”, acrescentou a Binance.

Melhores plataformas de criptomoedas | Novembro de 2024
Melhores plataformas de criptomoedas | Novembro de 2024
Margex Margex Explorar
BYDFi BYDFi Sem KYC
Chain GPT Chain GPT Explorar
Coinbase Coinbase Explorar
Melhores plataformas de criptomoedas | Novembro de 2024

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

Julia.png
Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
READ FULL BIO
Patrocinados
Patrocinados