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Investir no Ibovespa ainda implica alto risco, diz executivo do Credit Suisse

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • CSCH reduziu reduziu sua exposição na bolsa brasileira.
  • Acreditar em um potecial de valorização das ações nacionais é arriscado.
  • A bolsa deve se recuperar, mas só com investidores nacionais.
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O cenário econômico pós coronavírus ainda é muito especulativo. A volatilidade nas bolsas de valores causadas pela pandemia, crises políticas e confrontos entre as duas maiores potências do mundo, ainda traz muita incerteza.
Toda semana um banco de investimento faz previsões sobre o futuro do mercado mundial e o Ibovespa é citado. Semana passada, o Goldman Sachs enviou um relatório para seus clientes indicando a compra de ações brasileiras, já que bolsa brasileira é a que tem maior margem de recuperação da crise econômica provocada pelo coronavírus, podendo chegar a 90 mil pontos em três meses. Porém, nem todos os bancos de investimentos concordam com a previsão do Goldman Sachs.

Potencial de valorização é arriscado

Sylvio Castro, executivo chefe de investimentos do Credit Suisse Hedging-Griffo no Brasil (CSCH), informou que o time de gestão de fortunas reduziu a exposição na bolsa brasileira em janeiro e está mantendo só a parcela estrutura, de longo prazo. Ele acredita em uma provável melhora na bolsa, mas essa reação das ações brasileiras será feita com dinheiro local, sem o capital estrangeiro. Castro ainda diz que é arriscado pensar que como as ações nacionais se recuperaram menos do que as ações americanas, haveria um potencial de valorização. Essa valorização deve ocorrer, junto com a recuperação econômica do Brasil. Mas isso pode demorar, já que a falta de coordenação no combate à pandemia e à crise política fazem a confiança dos empresários, consumidores e investidores cair. Além disso, os investidores globais que estão em mercados emergentes procuram sempre um crescimento econômico ou até um diferencial de juros atraente, o que não é o caso do Brasil agora, já que a Selic foi reduzida a 3%.

Nosso problema, nossa solução

O Brasil entrou na crise com uma relação dívida/PIB muito alta. Além disso, o impacto do isolamento social nas empresas e famílias está sendo muito grande, fazendo com que o governo tenha que implementar vários programas para salvá-los. Esse esforço fiscal que o Estado está tendo que realizar agora muda toda a estratégia inicial do governo, que era enxugar a máquina pública. E no futuro, a sociedade vai precisar se sacrificar ainda mais para voltar a estabilizar a relação dívida/PIB. E os investidores internacionais estão de olho nisso. Para Castro, a recuperação na bolsa vai começar com o dinheiro brasileiro. Uma das características em relação ao Brasil é que, os brasileiros possuem um apreço muito grande pelos ativos em reais. A razão do possível sucesso futuro do Ibovespa é a confiança de quem é detentor de capital de reter o capital no Brasil.

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Airí Chaves
Formada em marketing pela Universidade Estácio de Sá e com um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Já...
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