A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) ampliará seus esforços para auxiliar os países membros a combater crimes relacionados a criptomoedas.
O anúncio foi feito, na segunda-feira (17) pelo secretário-geral da Interpol, Jürgen Stock, em coletiva de imprensa que antecedeu a abertura da 90ª assembleia geral da agência, que ocorre em Nova Delhi.
Stock lembrou que a falta de uma estrutura regulatória para as criptomoedas está entre os principais desafios da agência no combate ao crime financeiro no setor.
Conforme noticiou o jornal local Business Standard, a equipe especializada em combater diferentes crimes relacionados ao setor de criptomoedas ficará sediada em Singapura.
Atenção voltada para os crimes cibernéticos
A falta de estrutura legal, a velocidade de evolução e crescimento do espaço virtual e a crescente incidência de crimes cibernéticos colocaram a pauta no centro do debate dentro da agência. Stock observou que criptomoedas e crimes cibernéticos fazem parte da agenda principal da Interpol para os próximos anos.
“Enormes desenvolvimentos em tecnologia, internet de tudo e digitalização – por causa da criptomoeda – representam um desafio para a aplicação da lei, porque muitas vezes, as agências não são devidamente treinadas e equipadas desde o início”, disse Stock.
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Além disso, o secretário-geral revelou que a Interpol planeja revisar o futuro dos protocolos de policiamento em um mundo digitalizado. A agência já está trabalhando em sua nova visão de protocolo para 2030, abranjendo crimes cibernéticos, terrorismo e crimes contra crianças.
A Interpol reiterou que o combate a crimes do setor cripto requer uma cooperação policial a nível global, colaboração entre as autoridades policiais, autoridades governamentais, reguladores e o setor privado.
Interpol e o colapso da Terra
Nos últimos meses, a Interpol se concentrou em coibir crimes relacionados a criptomoedas. O mais recente e destacado foi o colapso do ecossistema Terra (LUNA) envolvendo seu fundador Do Kwon.
A Interpol emitiu um alerta vermelho contra Kwon depois que as autoridades sul-coreanas divulgaram um mandado de prisão contra ele por seu suposto envolvimento no colapso. Do Kwon insistiu que não estava fugindo, apesar do alerta vermelho.
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