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Inflação na América Latina em 2023 será maior que a média mundial, segundo relatório

2 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Relatório levanta uma diferença de aproximadamente oito pontos percentuais.
  • Inflaçao na região deve ser de 13%, ante a média de 5% no resto do mundo.
  • Os dados vêm do último relatório de expectativas elaborado pelo FocusEconomics.
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A inflação nos países da América Latina registrará valores acima da média mundial em 2023, com uma diferença de aproximadamente oito pontos percentuais, com 13% ante a média de 5% do resto do mundo. Os dados vêm do último relatório de expectativas elaborado pela FocusEconomics.

Apesar de o estudo mostrar que a inflação começou a desacelerar no terceiro trimestre deste ano, o aumento dos preços será maior em algumas regiões como América Latina, Europa Oriental ou África Subsaariana, onde também ultrapassará 12%.

Entre as razões para o aumento, os especialistas da FocusEconomics destacam:

  • Continuidade da guerra na Ucrânia
  • Níveis de produção de petróleo dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
  • Eventos climáticos extremos.

Em relação ao crescimento econômico, o FocusEconomics prevê uma desaceleração do PIB na América Latina. Por esses dados, indica que crescerá abaixo da média de 2,2% estimada mundialmente em 2023. Uma das causas desse baixo crescimento se deve às altas “agressivas” das taxas de juros pelos bancos centrais da região, que se estima manter-se em níveis semelhantes aos atuais no final do próximo ano.

Inflação em 2022

Os aumentos registrados nos países latino-americanos durante o ano de 2022 marcaram uma preocupação justificada na região. A inflação argentina de 6,3% superou a da Venezuela em outubro. A taxa de inflação anual da Argentina é a mais alta do G20, segundo a Bloomberg. Já o país governado pela ditadura de Nicolás Maduro registrou uma inflação de 6,2% no mês passado e de 155,8% no ano, segundo seu Banco Central.

Por outro lado, o Observatório Financeiro da Venezuela (OVF), independente do governo, indicou que o aumento de preços em outubro foi de 14,5% e o do ano foi de 173%, após 4 anos de hiperinflação. Em 10 meses, a inflação na Venezuela foi de 119% segundo seu banco central (142% segundo o OVF) e a da Argentina foi de 76,6%.

Dolar

Depois da Venezuela e da Argentina – que no ano passado registraram um aumento de 88% segundo o INDEC – os demais países latino-americanos ficaram muito atrás em termos de inflação.

Em outubro, o terceiro lugar era ocupado pela Colômbia com 0,7% e 12,2% no ano, seguida pela Bolívia também com 0,7% no mês passado mas apenas 2,8% no ano. Por sua vez, o México registrou 0,6% e 8,4%, respectivamente.

Em seguida, o Chile ficou com 0,5% e 12,8% e o Brasil também com 0,5% e 6%. Um degrau abaixo ficaram Peru com 0,4% e 8,6% e Paraguai com 0,4% e 8,1%, respectivamente. Já o Uruguai ficou com 0,2% e 9% em 12 meses e, por último, o Equador com 0,1% e 4%, respectivamente.

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Resto do mundo

O ranking mundial de inflação de outubro foi liderado pelo Zimbábue com 268,8%, seguido pelo Líbano com 162,5%, Venezuela 155,8%, Sudão 102,6% e Turquia com 85,5%.

Entre os países desenvolvidos, os Estados Unidos registraram 7,8% ano a ano no mês passado, a China 2,1%. Na Europa, a Bélgica registou 12,3%, Itália 11,9%, Alemanha 10,4%, Portugal 10,1%, Grécia 9,1%, Espanha 7,3% e França 6,2%.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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