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IA vai melhorar golpes online como ransomware, alerta agência do Reino Unido

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Atualizado por Thiago Barboza

Ferramentas de inteligência artificial (IA) existem para facilitar o trabalho. E esse trabalho pode ser simplesmente escrever um texto, gerar uma imagem ou, quem diria, praticar crimes.

É por isso que a agência de comunicação do governo do Reino Unido (GCHQ) alerta que o número de ataques cibernéticos, especialmente o ransomware, deve aumentar no futuro, impulsionado pelas facilidades da IA.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

IA facilitando crimes digitais

O GCHQ publicou seu relatório na quarta-feira (24). A agência prevê que o ransomware deve se tornar a maior ameaça nos próximos dois anos graças aos impulsos da IA.

A tecnologia, ela diz, vai diminuir a barreira de entrada para a modalidade, o que pode incentivar o surgimento de um número maior de criminosos.

“O uso emergente de IA em ciberataques é evolucionário, não revolucionário. Ou seja, ele melhora ameaças já existentes – como ransomware – mas não transforma os riscos já existentes a curto prazo”, disse a CEO do Centro de Ciber Segurança Nacional do GCHQ, Lindy Cameron.

O lado bom é que a agência prevê que estas alterações demorem cerca de dois anos para acontecer. Além disso, o uso da IA também beneficia outros atores no palco da segurança digital, como países e empresas de segurança.

Tecnologia a serviço da (in)segurança?

O relatório também cita outras previsões para os próximos dois anos. Conforme o GCHQ, é possível esperar efeitos como técnicas de engenharia social mais difíceis de detectar devido às melhorias da IA e ataques mais impactantes devido ao uso de IA para analisar dados e treinar modelos melhores.

“A IA generative (GenAI) já pode ser usada para criar interações convencionais com vítimas, incluindo a criação de documentos sem os erros gramaticais ou de tradução que denunciam golpes de phishing. Isto provavelmente vai aumentar nos próximos dois anos conforme os modelos de linguagem evoluírem”.

Apesar da data limite de dois anos, os efeitos do uso de IA no crime cibernético já podem ser vistos. Um relatório preliminar da Chainalysis, por exemplo, revelou que o número de ataques na indústria cripto em 2023 aumentou em relação ao ano anterior. Ainda assim, a quantidade de fundos roubados caiu nesse intervalo.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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