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IA vai destruir o mundo em 10 anos? Executivos acham que sim

2 mins
Por Eduardo Venegas
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Executivos do Walmart, Zoom e Coca-Cola estão preocupados com a adoção explosiva de IA.
  • 8% dos CEOs acreditam que a tecnologia pode “prejudicar” a humanidade em 5 anos.
  • O CEO da OpenAI já pediu que governos regulamentem a IA.
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Cerca de 42% dos executivos de empresas de tecnologia admitiram publicamente que temem o rápido crescimento da Inteligência Artificial (IA). Segundo eles, seu maior medo é que a IA possa representar um perigo para a humanidade em 5 a 10 anos.

Durante sua participação em um fórum na Universidade de Yale, os executivos alertaram que a IA tem “potencial para destruir” a humanidade. Enquanto isso, 58% dos CEOs afirmaram que a IA “nunca poderia destruir a humanidade” e mostraram que não estavam preocupados com sua adoção explosiva.

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IA pode afetar as habilidades humanas, temem executivos

O fórum Yale Chief Executive Leadership revelou um estudo em que gerentes do Walmart, Coca-Cola, Xerox e Zoom mostraram suas preocupações sobre o avanço da IA. 34% deles temem que a tecnologia “acabará com a humanidade” em 10 anos. Por outro lado, 8% dos CEOs acreditam que isso pode acontecer em 5 anos.

A Universidade de Yale disse à CNN que estava preocupada com os resultados:

“Isso é alarmante. Mitigar o risco de extinção causado por IA ​​deve ser uma prioridade global, juntamente com outros riscos sociais, como pandemias e guerra nuclear. Se a IA for muito mais inteligente do que nós, será muito boa em manipular e contornar as restrições que impomos a ela”.

Além disso, a Yale descobriu que 42% dos gerentes acreditam que uma catástrofe de IA é “exagerada”. Outros 58% acreditam que ela “é séria”. As preocupações com a rápida adoção da tecnologia ​​resultaram em pedidos por regulamentação inclusive da OpenAI, criadora do ChatGPT.

Semanas antes, a OpenAI conclamou, em seu blog oficial, a regulamentação da “superinteligência” da IA ​​de forma semelhante a de como se regula a “energia nuclear”. Ela, inclusive, sugeriu a eventual criação de uma agência especializada.

Para a OpenAI, a IA superará a habilidade de qualquer especialista em qualquer setor e será tão produtiva quanto qualquer grande corporação hoje. Seu CEO Sam Altman, em seguida, reiterou que o potencial da tecnologia ​​é tão grande que “é necessário mitigar os riscos de ameaças existenciais da mesma forma que ações são tomadas para a energia nuclear”.

Entidades criticam avanço da tecnologia

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, também se opôs ao crescimento da tecnologia. Ele alertou que a IA generativa vai espalhar desinformação sem a regulamentação adequada. Além disso, ele acredita que a IA poderia “espalhar discurso de ódio por um grupo criminoso ou governo”.

Enquanto isso, a União Europeia já decidiu dar os primeiros passos para a sua regulamentação. Por outro lado, países como o Chile vão colaborar com a UNESCO para atualizar sua Política Nacional de Inteligência Artificial (IA).

A Diretora Geral Adjunta da UNESCO, Gabriela Ramos, explicou:

“É fundamental que os países tenham capacidade humana, políticas e regulamentações para enfrentar os desafios impostos pela IA e garantir que as pessoas e seus interesses estejam sempre no centro do desenvolvimento da IA.”

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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