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Hashdex diz que DeFi deve ser destaque nos investimentos em 2022

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Setor teve adesão recorde em 2021 e já soma mais de 3,5 milhões de usuários
  • O TVL (valor total bloqueado/depositado) dos protocolos DeFi saltou de US$ 1 bilhão em junho de 2020 para mais de US$ 100 bilhões em novembro de 2021.
  • Ecossistema DeFi deve ser destaque nos investimentos em 2022, aponta relatório da gestora Hashdex
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A Hashdex, maior gestora de criptomoedas da América Latina, publicou um estudo sobre o ecossistema DeFi. Este é o primeiro de uma série de relatórios do universo cripto que serão elaborados pelo time de research da gestora.

O documento aponta que o segmento de finanças descentralizadas (DeFi) deve se destacar como uma excelente opção de investimento para 2022, já que vive um momento de crescimento vertiginoso de usuários e também de desenvolvimento de novas tecnologias. 

Segundo a pesquisa, o TVL (valor total bloqueado/depositado) dos protocolos DeFi saltou de US$ 1 bilhão em junho de 2020 para mais de US$ 100 bilhões em novembro de 2021. Além disso, sua base de usuários evoluiu de 20 mil usuários, em janeiro de 2020, para cerca de 3,5 milhões, em outubro de 2021. 

“Vários protocolos DeFi desenvolveram casos de uso que satisfazem as necessidades reais dos usuários e estão sendo amplamente utilizados pelo mercado. Por exemplo, os protocolos de concessão de crédito e empréstimo, como o Aave e o Compound, e as bolsas descentralizadas, como o Uniswap, vêm ganhando enorme adesão com soluções inovadoras”, comenta o Head de Research da Hashdex, Carlos Eduardo Gomes.

“Por esse motivo, diversos desses projetos podem representar excelentes opções de investimento”, afirma.

Ao contrário do Bitcoin e de outros criptoativos do tipo ‘commodity’, que não possuem fluxos de caixa futuros previstos, parcela relevante dos protocolos de DeFi gera receita com a cobrança de uma taxa sobre as operações efetuadas nas suas plataformas. Essas taxas são revertidas para os usuários dos protocolos ou diretamente para os proprietários de tokens, de forma similar aos dividendos de uma empresa.

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De acordo com a pesquisa da Hashdex, os principais protocolos do segmento já geram mais de US$ 3,8 bilhões anuais em receitas para seus investidores. Além disso, a pesquisa revela um crescimento significativo no setor,  já que as receitas mensais em novembro de 2021 somaram aproximadamente US$ 320 milhões. Isso representa um aumento de mais de seis vezes em relação ao mesmo período do ano anterior, quando estavam próximas de US$ 50 milhões.

Segundo o relatório, o ecossistema DeFi mostra ser uma indústria viável e crescente, que vem construindo um núcleo forte e comprometido de usuários, investidores e desenvolvedores ávidos por aproveitar as oportunidades do mercado, tanto para lucrar como para mudar o panorama financeiro para melhor.

 “O setor DeFi é diversificado e crescente, com grande potencial de mercado. Trata-se de uma indústria interconectada, que se beneficia diretamente dos avanços do próprio ecossistema cripto, e isso é muito positivo”, comenta Gomes.

“Percebemos que, cada vez mais, corporações, fundações, fundos soberanos e fundos de previdência vêm examinando a possibilidade de inserir cripto em suas carteiras. O financiamento de capital de risco para o setor, por exemplo, atingiu US$ 25 bilhões em 2021, oito vezes mais que em 2020”, conclui.

“Elaboramos esse relatório com o objetivo de ajudar os investidores a compreender mais profundamente esse conceito inovador, apresentando os principais aspectos dos serviços DeFi e de sua infraestrutura, além de proporcionar uma visão geral sobre formas de pensar o DeFi como uma classe de investimento”, afirma a Chief of Growth da Hashdex, Roberta Antunes.

Possibilidades infinitas com DeFi

DeFi é um novo ecossistema de aplicações financeiras, projetado a partir de uma das principais inovações do mercado de cripto: as plataformas de contratos inteligentes (smart contracts). Trata-se de blockchains que introduziram o conceito de programabilidade: a capacidade de construir softwares autoexecutáveis que realizam funções pré-estabelecidas de forma transparente e segura, sem a necessidade de intermediários. 

Usando protocolos abertos e aplicações descentralizadas, todos os acordos são mediados e cumpridos por códigos, todas as transações são executadas de forma segura, transparente e verificável e, por fim, todas as mudanças operacionais ocorrem em uma blockchain pública. 

Esta arquitetura cria um sistema financeiro imutável e altamente interoperável, com transparência, igualdade de direitos de acesso e pouca necessidade de custodiantes, câmaras centrais de compensação ou serviços de caução, pois a maioria destas funções pode ser realizada pelos contratos inteligentes.

“As possibilidades de utilização do DeFi vão desde as tradicionais, como o envio de dinheiro a um amigo em outro país, até soluções inovadoras para vários outros usos. Qualquer pessoa no mundo com conexão à Internet, um smartphone e uma carteira digital também pode fazer e tomar empréstimos, negociar tokens, comprar seguros e gerenciar e investir em ativos digitais. E esse é apenas o começo”, afirma Antunes.

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Aline Fernandes
Apaixonada pelo que faz, Aline Fernandes é uma profissional que atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por quase todas as redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia...
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