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Halving do Bitcoin Cash, preço do BTC e exposição de dados no Google – o que pensam analistas e usuários

7 mins
Atualizado por Aline Fernandes

EM RESUMO

  • Halving do Bitcoin Cash está previsto para hoje quarta-feira, 03 de abril.
  • Halving do Bitcoin está previsto para acontecer entre 20 e 22 de abril.
  • Especialistas, traders, usuários, analistas falam sobre expectativas para preços e exposição de dados cripto no Google.
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Nesta quarta-feira (03) está previsto o halving do Bitcoin Cash e por volta do dia 20 de abril o do Bitcoin. Conversamos com analistas, entusiastas, usuários e holders da comunidade cripto para saber como estão as expectativas para esses eventos.

Outro tema que também adicionou uma pitada de polêmica para o mercado, foi a exposiçã de saldos e transações de carteiras do Bitcoin no Google. Isso porque o site mais usado no mundo facilitou o acesso a informações sensíveis de donos de endereços.

Os três formatos de endereços P2PKH, P2SH e Bech32 podem ser encontrados nas buscas em território americano no Google. Detalhes e informações de usuários do ENS da Ethereum também estão disponíveis no buscador com mais de 3,5 bilhões de pesquisas diariamente.

Opiniões divididas com exposição de dados

Caio Mattos, CEO da Nearx e investidor lembra que as blockchain públicas como Bitcoin e Ethereum já possuem como premissa que as transações são transparentes.

“Não vejo de forma alguma essa iniciativo do Google como uma exposição de dados, vejo como um facilitador para as pessoas mais leigas no tema. Já que os dados nessas blockchains sempre foram públicos.”

Mattos acredita que esse tipo de facilitador – informações ao alcance de todos – será cada vez mais comum. O ideal para adoção em massa da tecnologia, é que os indivíduos estejam utilizando-a sem se dar conta disso. Como é o caso do Pix, em que usamos no nosso dia a dia, mas não entendemos a complexidade da tecnologia por detrás, exemplifica.

Para o investidor, a tendência é que quanto mais abstrações e facilitadores, maior a escalada de preço e adoção das criptomoedas. Sobretudo em tempos de halving.

“A expectativa é que todo esse movimento que vem gerando adoção, como é o caso da indexação do Google ou da aprovação dos ETFs de Bitcoin, em combinação com o halving, criará, na minha opinião, um momento único para os investidores. ”

Quanto ao halving do Bitcoin Cash, Caio Mattos não espera nada de relevante.

Halving não afeta comerciantes Bitcoiners

Ricardo Stim, que é um dos idealizadores do projeto Bitcoin é Aqui! Rolante, cidade mais bitcoiner o Brasil tem um outro ponto de vista sobre preços da criptomoeda.

Como na cidade onde vive, cerca de 40% do comércio já aceita Bitcoin, ele acredita que o preço da criptomoeda tem uma importância relativamente reduzida para os comerciantes.

“Eles são instruídos a não manter grandes quantidades de Bitcoin em suas carteiras Lightning. Em vez disso, devem utilizá-lo no comércio local, já que todos os serviços estão adaptados para essa forma de pagamento, ou então convertê-lo. Dessa forma, tornam-se menos suscetíveis à volatilidade do Bitcoin. ”

Com um projeto focado na utilidade da rede de pagamentos e não tanto no Bitcoin como ativo financeiro, Stim afirma que o halving não afeta significativamente esses comerciantes. A menos que façam parte dos 10% mais envolvidos, que estão se tornando investidores e compreendem bem as características do ativo, aguardando uma valorização expressiva.

Lightning Network é a preferida de empresários do Sul do Brasil

Sobre a questão de o Google exibir dados on-chain em suas pesquisas, “a maioria dos usuários aqui utiliza prioritariamente a Lightning Network e tem pouco contato com a on-chain. Eles raramente usam exploradores de blocos, exceto para estacionar um valor acumulado via Lightning, e mesmo assim o fazem diretamente pelo aplicativo de suas carteiras.”

Apesar disso, Ricardo pessoalmente vê a ação com preocupação, dado o histórico agressivo da empresa na coleta de dados.

“Existem ferramentas especializadas para monitorar transações, como o mempool.space, portanto, não vejo a necessidade de uma intervenção do Google nesse sentido. No entanto, é uma realidade inevitável que grandes players entrem nesse ambiente, e nossa resposta deve ser nos adaptarmos e protegermos nossos dados, para aqueles que se preocupam com essa questão.”

Bitcoin valendo US$ 1 milhão?

Sobre o Halving do Bitcoin marcado para acontecer possivelmente 20 de abril, Stim acredita que será histórico

 “Estamos diante da possibilidade de um tão esperado superciclo. Acredito que os US$ 500 mil são uma expectativa realista conforme o modelo S2F, e no ciclo passado só não atingiu os US$ 100 mil do modelo pois foi abortado pelos eventos catastróficos da China banindo mineração, Terra Luna (que todos estavam apostando forte como a solução para o risco da USDT) e finalmente a quebradeira da maior corretora do mundo, a FTX.

Nesse ciclo, ao menos até agora, parece que todos os astros estão alinhados e favoráveis ao Bitcoin e os ETFs foram realmente transformadores para esse início de ciclo. Diria que pessimista = U$ 150 mil, Neutro US$ 200 mil, Otimista = US$ 500mil e Superciclo podendo atingir algo próximo dos 1M de dólares”, conclui uma das mentes por trás da cidade mais Bitcoiner do Brasil.

Combinação de fatores

O analista de cripto da Bitso, Daniel González, diz que a valorização do Bitcoin para máximos históricos geralmente se deve a uma combinação de fatores.  O primeiro é o halving.

“Já o segundo fator é a introdução de ETFs de BTC por grandes gestores financeiros tradicionais, que permitem que este ativo seja oferecido às massas e, mais importante, às instituições. Portanto, a tendência reflete que mais Bitcoins estão sendo comprados do que extraídos ou emitidos diariamente.”

González ainda citou o FOMO institucional. Segundo o analista, as empresas que administram muito dinheiro estão começando a alocar uma certa porcentagem de seus recursos em Bitcoin depois de verem que ao longo dos anos ele tem sido um ativo com um retorno bastante atrativo em relação ao seu risco.

Bitcoin Cash pode chegar a US$ 2 mil diz especialista

Alexandre Bianchi, autor do livro Manual do CriptoInvestidor e especialista há mais de 7 anos nesse mercado, nos disse que “o que aconteceu no preço do Bitcoin em curto prazo foi o famoso ‘sobe no boato e cai no fato’, o impacto do halving até o momento é um evento de realização de lucros pelos investidores institucionais, nenhuma novidade por aqui, já que nos últimos 3 ciclos essa movimentação também ocorreu, a projeção para curto prazo é o Bitcoin corrigir entre US$ 60.000 a US$ 55.000”.

“Em médio prazo criou-se uma linha de tendência de baixa aonde o Bitcoin enquanto não superar essa região, irá continuar fraco e com probabilidade maior de baixa, a projeção é lateralização até o halving, com maior dificuldade em superar a nova máxima histórica em US$ 73.800.

Já em longo prazo a expectativa são das melhores, geralmente o ciclo de alta mais forte ocorre após 5 a 10 meses pós-halving, aqui poderemos ver o Bitcoin rompendo novas máximas e atingindo algo em torno de US$ 120.000 a US$ 200.000.”

Sobre o Bitcoin Cash, Bianchi lembra que, ao contrário do Bitcoin, é um projeto centralizado e sem fundamentos.

“É importante dizer que o BCH se encontra próximo de sua linha de tendência de baixa no semanal, onde se conseguir superar essa região, que na atualidade se encontra em US$ 738, poderá atingir preços próximos de US$ 2.000”, concluí o autor do livro Manual do CriptoInvestidor.

História do dinheiro ainda está sendo escrita

Ulisses Flores, economista, desenvolvedor há mais de duas décadas, falou que a história do dinheiro ainda está sendo escrita.

“O sistema de troca passou da troca de peles de animais para a cunhagem de moedas e para a impressão de papel-moeda e, hoje, parecemos estar à beira de uma mudança massiva para transações eletrônico. E certamente continuará a evoluir enquanto os humanos necessitarem de um meio de troca.

Com o Bitcoin, veremos em nossa era a maior revolução financeira da humanidade e provavelmente, se tivermos netos e bisnetos, vão nos perguntar por que é que não compramos mais Bitcoin quando podia se comprar num preço tão atrativo. E você provavelmente vai responder que parecia ser muito arriscado”

Segundo Flores, o halving está associado ao aumento do preço da moeda e não há dúvidas que isso acontecerá novamente.

“Sim, haverá um aumento do preço do Bitcoin, comparado ao Dólar, Real, Iene, Libra, já que via de regra, essas moedas fiduciárias não se preocupam com a inflação.

Leia mais: O que é o Halving do Bitcoin? Tudo o que você precisa saber

Rocelo Lopes, CEO da SmartPay afirma que o halving do Bitcoin Cash salvo as devidas proporções pode dar uma pequena ideia do será com o Bitcoin.

“Com o Bitcoin acredito que não teremos grandes mudanças visto que levamos algum tempo para ver o reflexo ainda mais pelo fato que já estamos próximos a 95% de bitcoins minerados, desta forma o que resta não tem força pra influenciar o preço.”

Adoção institucional

Rocelo acredita que o fato de Governos e instituições financeiras terem mudado a visão sobre o Bitcoin é o que realmente fará ter uma grande mudança de preços, principalmente ETFs e autoridades permitindo fundos de pensão e investimentos regulados a ter exposição ao Bitcoin.

“E claro todas essas notícias combinadas com a história do halving fará pessoas procurarem investir nesse novo tipo de ativo.”

O executivo da SmartPay também falou sobre a exposição de dados no google

“Temos que pensar que sempre esteve presente desde o bloco genesis o que o google fez foi apenas facilitar o acesso e tornar um pouco mais público a única diference agora é que não precisa de block explorer como mempool.space para olhar as transações.”

Sequestro após exposição de dados na carteira

Rocelo levantou a questão da segurança em relação ao Google.

“No meu ponto de vista esse é maior desafio que precisa ser solucionado pois em países com problemas de segurança como o Brasil pode trazer muitos problemas eu mesmo passei por isso.

Onde pessoas tiveram acesso as minhas transações e saldo em carteiras que eu transacionei e no final minha esposa foi sequestrada porque viram Bitcoins nas carteiras que eu movimentei sendo que a grande maioria nem mesmo eram minhas, porém estavam ali para todos olharem.

Por mais bem intencionada que fosse a ideia de Satoshi Nakamoto com relação transparência com certeza ele não conhecia o quão perigoso isso é no Brasil”, finaliza Rocelo.

Realmente caros leitores, de fato, o Brasil não é para amadores.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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