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Hackers da Ronin transferiram fundos roubados para a rede Bitcoin

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Um investigador de blockchain rastreou os fundos e identificou que foram transferidos para a rede Bitcoin.
  • Uma ponte e dois mixers foram utilizados para camuflar as transações.
  • O próximo passo é descobrir onde está o dinheiro roubado.
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Hackers utilizaram o protocolo Ren e diversas exchanges centralizadas para mover os fundos da rede Ethereum para a rede Bitcoin.

O investigador e desenvolvedor de blockchain, ₿liteZero, publicou em seu Twitter novas descobertas sobre os fundos roubados pelos hackers da Ronin. Após o ataque à ponte Ronin no mês de março, os hackers transferiram US$ 625 milhões em USDC e ETH para o mixer Tornado Cash.

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₿liteZero revela que o Tornado Cash foi apenas o ponto de partida para camuflar as transações e dificultar o rastreio dos fundos. Os hackers transferiram todo o valor roubado para a rede Bitcoin utilizando uma nova ponte, dois mixers distintos e diversas exchanges centralizadas..

Seguindo o dinheiro

Depois de utilizar o Tornado Cash para embaralhar os endereços de transações, os hackers enviaram 6.250 ETH (US$ 20,7 milhões) para as exchanges Binance, Huobi e FTX e de lá foram transferidos para o mixer Blender.

O restante dos ativos foram convertidos em renBTC através dos protocolos 1inch e Unisawp. O protocolo Ren permite a movimentação de ativos entre blockchains funcionando como uma ponte. Desta forma os hackers conectaram os ativos da rede Ethereum para a rede Bitcoin.

Neste ponto outro mixer foi utilizado para embaralhar mais ainda o rastreamento. A maior parte dos fundos foram enviados para o mixer ChipMixer antes de serem enviados para o Blender novamente.

O Departamento do Tesouro dos EUA sancionou no mês de maio os endereços do Blender por terem colaborado com os hackers a processar mais de US$ 20,5 milhões dos fundos roubados.

A quantia é próxima aos US$ 20,7 milhões rastreados pelo investigador e os endereços sancionados, em sua maioria, foram os utilizados pelos hackers para receber os fundos transferidos das exchanges.

As investigações de ₿liteZero continuam e seu próximo trabalho será mais complexo. Ele analisará os hackers e tentará descobrir onde está o dinheiro.

Hack da Ronin levantou o debate sobre segurança 

O hack a rede Ronin foi o maior ataque realizado a um protocolo de blockchain. Ele levantou o debate sobre a segurança dos protocolos e, principalmente, a fragilidade das pontes e protocolos cross-chain. O fundador do Ethereum, Vitalik Buterin, chegou a dizer em críticas às pontes que “o futuro será multi-chain mas não cross-chain”.

A ponte Ronin foi restabelecida no final do mês de julho após três rodadas de auditorias de segurança.

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Thiago Barboza
Sound Designer de profissão e apaixonado por comunicação, Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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