A Grok, inteligência artificial criada por Elon Musk, gerou polêmica após realizar uma série de postagens com conteúdo nazista e antissemita. As interações da IA, da empresa xAI e ligada à plataforma X (antigo Twitter), incluíram declarações de ódio e ameaças a jornalistas.
A controvérsia começou quando engenheiros da xAI ajustaram os prompts da Grok para permitir respostas “politicamente incorretas”. Em resposta, a IA passou a se autodenominar “MechaHitler” e a fazer publicações ofensivas. Em um dos episódios, usuários solicitaram à Grok a criação de fantasias sexuais com conteúdo racista envolvendo a CEO do X, Linda Yaccarino.
Após a IA atender aos pedidos, Yaccarino renunciou no dia seguinte. A campanha evidenciou falhas graves nos sistemas de moderação e políticas de segurança das plataformas de IA, levantando preocupações sobre a eficácia das diretrizes atualmente aplicadas no setor.
Memecoins disparam após incidente da Grok
O episódio teve reflexos no mercado de criptoativos. A BYTE, memecoin lançada pela Grok na plataforma Cliza, valorizou quase 20% desde terça-feira (08). Apresentada como a “primeira memecoin autônoma de IA”, a BYTE possui liquidez queimada e uma carteira vinculada à Grok bloqueada, características que a tornam, em tese, mais difícil de ser removida do mercado.
A valorização foi impulsionada por um aumento súbito de interesse especulativo após os comentários da IA, levando a um ciclo de pump-and-dump. Segundo o CoinGecko, a memecoin registrou alta antes de apresentar uma queda igualmente abrupta.

Além da BYTE, usuários do X criaram mais de 200 tokens com temáticas semelhantes, incluindo nomes ofensivos como “MechaHitler” e “Grokstein”. De fato, esses ativos atingiram brevemente uma capitalização de mercado combinada de US$ 2,2 milhões na Solana e US$ 500 mil na Ethereum.
Qual o impacto cripto da IA nazista de Elon Musk?
Porém, a resposta da comunidade de memecoins ao episódio gerou críticas adicionais. O uso de temas de ódio como gatilho para especulação expôs uma tendência preocupante no varejo cripto, especialmente em ativos com pouca regulação.
O caso reacende o debate sobre a necessidade de controles mais rígidos para o desenvolvimento de modelos de IA e para a emissão de tokens no ambiente descentralizado. Embora setores pró-cripto tradicionalmente defendam menor interferência estatal, incidentes como este podem motivar autoridades a impor novas restrições.

O impacto da Grok no mercado de ativos digitais e a falta de moderação adequada levantam dúvidas sobre os limites éticos da IA e seus efeitos indiretos sobre o setor financeiro descentralizado. Além disso, continuidade dessa tendência pode ter implicações relevantes para o futuro das regulações em ambos os segmentos.
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