O Ministério Público dos EUA lançou uma ação de confisco civil para recuperar US$ 54 milhões em criptoativos ligada a uma rede de narcóticos que opera em Nova Jersey.
Os criptoativos, compostos principalmente de Ethereum, foram rastreados até um homem chamado Christopher Castelluzzo, traficante de drogas que atualmente cumpre pena de 20 anos de prisão.
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Governo dos EUA quer recuperar US$ 54 milhões em criptoativos ilícitos
O procurador dos EUA, Philip R. Sellinger, declarou:
“A ação civil que estamos iniciando hoje busca recuperar milhões de dólares em criptomoedas, que o réu obteve supostamente com a venda de drogas.”
Castelluzzo e seus cúmplices começaram a negociar narcóticos em sites na darknet que aceitam pagamentos em Bitcoin por volta de 2013. Eles então usaram os recursos para comprar 30.000 ETH durante a oferta inicial de moedas (ICO) do ativo, em 2014. Em 2016, eles também adquiriram 30.000 Ethereum Classic (ETC).
Preso, Castelluzzo elaborou um esquema para lavar seus criptoativos e movê-los para fora dos Estados Unidos. No entanto, as autoridades interceptaram seu plano via chamadas gravadas na prisão e apreenderam seus ativos, agora avaliados em aproximadamente US$ 54 milhões.
James E. Dennehy, FBI – Agente Especial Responsável de Newark, advertiu,
“Nossa ação de confisco de US$ 54 milhões deve servir de lição para aqueles que acreditam erroneamente que não podemos rastrear seu comportamento ilícito ou seus rendimentos ilícitos.”
EUA detêm mais de US$ 5 bilhões em Bitcoin
Em suma, este caso exemplifica o crescente envolvimento do governo dos EUA na indústria cripto. O governo federal detém atualmente cerca de US$ 5,4 bilhões em Bitcoins apreendidos de cibercriminosos .
Apesar desta participação substancial, o governo não tem mostrado pressa para liquidar suas reservas. Isto se deve principalmente a longos processos legais e investigações.
O diretor-executivo da seção de serviços cibernéticos e forenses do IRS, Jarod Koopman, explica:
Não jogamos no mercado. Basicamente, somos definidos pelo tempo em nosso processo.
Agências como o Departamento de Justiça e o IRS controlam carteiras de hardware onde mantêm o BTC apreendido offline. Assim que os casos são concluídos, o serviço federal liquida o Bitcoin e distribui os rendimentos às vítimas ou cobre despesas de investigação.
A abordagem cautelosa do governo à liquidação de ativos apreendidos está enraizada na prudência. Nicolas Christin, professor de ciência da computação no Carnegie Mellon University, comentou:
O governo geralmente age muito lentamente para se desfazer desses ativos porque precisa fazer muita diligência, os casos costumam ser complicados e há muita burocracia.
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